https://revistas.uminho.pt/index.php/anthropocenica/issue/feedAnthropocenica. Revista de Estudos do Antropoceno e Ecocrítica2024-11-15T19:29:03+00:00Anthropocenica. Revista de Estudos do Antropoceno e Ecocrítica anthropocenica@protonmail.comOpen Journal Systems<p>A <em>Anthropocenica<strong>. </strong>Revista de Estudos do Antropoceno e Ecocrítica</em> é uma publicação académica anual que tem como principal objetivo divulgar material bibliográfico original e inédito sobre temas e problemas relevantes nos domínios dos Estudos do Antropoceno e da Ecocrítica.</p>https://revistas.uminho.pt/index.php/anthropocenica/article/view/5987Beyond the human: George Stewart’s fiction2024-10-06T11:05:17+00:00Maria do Carmo Mendesmcpinheiro@ilch.uminho.pt<p>O historiador e romancista norte-americano George Stewart publicou em 1949 um romance distópico, <em>Earth Abides</em> (<em>Só a Terra permanece</em>, em tradução portuguesa), que imagina um futuro apocalítico. Trata-se de uma narrativa que se enquadra nas reflexões de Débora Danowski e Eduardo Viveiros de Castro em <em>Há Mundo por Vir? Ensaios sobre os medos e os fins</em>, sobre a existência de um mundo depois do humano. Stewart constrói uma ficção na qual um norte-americano se vê subitamente sozinho no seu país, enquanto sobrevivente de uma epidemia provocada por um vírus letal. É o percurso de sobrevivência dessa personagem, nas suas perplexidades e cogitações sobre o que o ser humano pode provocar no planeta, que o leitor acompanha, partilhando as inquietações de uma personagem com formação científica em Ciências Naturais, o que desde logo propicia uma análise dos diálogos entre Literatura e Ciência. A obra de Stewart, com uma intensa componente ecológica, é ainda uma profunda reflexão sobre as consequências nefastas da interferência do ser humano nos ecossistemas terrestres. A comunicação tem assim como propósitos centrais: 1. Identificar os elementos distópicos da ficção <em>Só a Terra permanece</em>; 2. Demonstrar que o romance permite uma leitura ecocrítica <em>avant la lettre</em> (porque anterior à institucionalização desta área dos Estudos Literários); 3. Explicitar os alertas do escritor norte-americano sobre um futuro sombrio que se apresenta à humanidade e no qual o papel desta tem tido um lugar preponderante e tendencialmente negativo, na exploração de recursos naturais, na desflorestação e nas alterações climáticas; 4. Refletir sobre uma das mais acutilantes análises literárias, no século XX, sobre o fim do humano.</p>2024-11-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Maria do Carmo Mendeshttps://revistas.uminho.pt/index.php/anthropocenica/article/view/5873Torga, o geófago insaciável2024-09-17T11:33:35+00:00Isabel Ponce de Leãoblepl13@gmail.com<p>Explora-se neste artigo a interconexão entre literatura e meio ambiente, destacando a obra de Miguel Torga. Tomando por base o mito de Anteu, mostrar-se-á como Torga se renova através do contacto com a terra, especialmente em Trás-os-Montes. A sua poesia reflete um profundo sentimento telúrico, onde a natureza é uma entidade vital que nutre o ser humano. O autor enfatiza a responsabilidade de preservar o meio ambiente, promovendo um ecocentrismo que valoriza a harmonia entre cultura e natureza. A obra de Torga é apresentada como um convite à reflexão sobre sustentabilidade e respeito pela terra.</p>2024-11-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Isabel Ponce de Leãohttps://revistas.uminho.pt/index.php/anthropocenica/article/view/5778Language epistemology and more than human ethics: narratives on chthulucenic meaningful encounters2024-06-13T09:09:14+00:00Gleiton Bonfantesupergleiton@gmail.com<p>Na linguística contemporânea, existe uma ênfase notável nos paradigmas de conhecimento extrativo, relegando frequentemente as formas de comunicação não-humanas a um estatuto periférico. Este artigo procura desafiar essas perspectivas antropocêntricas, mergulhando numa cosmologia íntima, um espaço partilhado intimamente com plantas e insectos. Partindo de dados etnográficos situados, este estudo explora filosoficamente a cumplicidade do discurso científico com uma ética planetária extractivista, à medida que o autor examina o significado da atenção conjunta, da mutualidade performativa e da comunhão simbólica nas experiências interespécies de sentido-afeto. Explorando as possibilidades de uma simpoiética, ética que coloca em primeiro plano a interconexão de todas as formas de vida, o estudo revela como os insectos oferecem uma entrada inusitada em dimensões inexploradas da linguagem, da performatividade e da atenção conjunta. Ao questionar as noções convencionais de privilégio linguístico e de excepcionalismo humano, o artigo defende uma compreensão mais inclusiva da ética da comunicação – uma compreensão que reconheça a agência e o significado dos comunicadores não-humanos. Em última análise, esta investigação sublinha a relevância política de reconhecer e honrar diversas formas de existência linguística na promoção de uma coexistência mais equitativa no nosso planeta partilhado.</p> <p> </p>2024-11-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Gleiton Bonfantehttps://revistas.uminho.pt/index.php/anthropocenica/article/view/5777Galiléisation de la science à l’ère de l’anthropo/capitalocène : l’IA générative et la précession du modèle2024-06-13T10:27:18+00:00Adrien Mathyamathy@uliege.be<p>O objetivo deste artigo é refletir sobre a articulação de vários fenómenos à luz do Antropoceno e/ou do Capitaloceno. O galileísmo, e o movimento de galileização generalizado das ciências, que se observa no duplo processo de matematização e automatização das práticas epistémicas, embora não possa ser reduzido às lógicas produtivistas e capitalistas, converge com estas e mistura-se com as ferramentas e dispositivos lógico-técnicos e informáticos de controlo dos fluxos e das mercadorias, que visam o esmagamento informacional do espaço pelo tempo característico do capitalismo tardio. Nessa perspectiva, podemos considerar a integração da IA – e, em particular, da IA generativa, que é o ápice desses dispositivos – no paradigma galileo-capitalista das ciências, como o cumprimento da aceleração científica, cuja principal consequência, tanto epistemológica quanto gnosiológica ou social, nos parece ser a preempção e a autonomização dos modelos sobre a realidade, incluindo o real da prática científica. Esta precedência dos modelos esgota ainda mais qualquer possibilidade de o discurso científico pensar a crise ecológica.</p>2024-11-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Adrien Mathyhttps://revistas.uminho.pt/index.php/anthropocenica/article/view/6024The human condition in the Anthropocene-four chakrabartian parallaxes2024-11-05T12:03:30+00:00João Mendesjcrmendes@ilch.uminho.pt<p>O Antropoceno marca uma era crucial em que a atividade humana se tornou a força predominante que molda a geologia e os ecossistemas da Terra. Essa mudança exige uma reavaliação profunda do que significa ser humano. Este trabalho investiga o conceito de “condição humana” no contexto do Antropoceno, recorrendo às reflexões filosóficas de Dipesh Chakrabarty. O artigo está organizado em duas partes principais. A primeira parte delineia o significado de “condição humana”, situando-o num contexto filosófico e histórico mais amplo. A segunda parte analisa como o Antropoceno transformou a nossa compreensão da condição humana, alterando as perspetivas tradicionais sobre a agência humana, a temporalidade e o impacto planetário. Através desta análise, são apresentadas novas perspetivas sobre as dimensões existenciais e éticas de ser humano numa era marcada por uma profunda transformação ecológica.</p>2024-11-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 João Mendeshttps://revistas.uminho.pt/index.php/anthropocenica/article/view/5988O Holograma2024-10-06T11:19:22+00:00Orfeu Bertolamiorfeu.bertolami@fc.up.pt<p>Uma ficção especulativa.</p>2024-11-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 Orfeu Bertolamihttps://revistas.uminho.pt/index.php/anthropocenica/article/view/5989Sobre Cosmotécnica: Para uma Relação Renovada entre Tecnologia e Natureza no Antropoceno - Yuk Hui2024-10-06T11:24:45+00:00João Mendesjcrmendes@ilch.uminho.pt<p>Tradução de "<a href="#_ftnref1" name="_ftn1"></a>On Cosmotechnics: For a Renewed Relation between Technology and Nature in the Anthropocene”, de Yuk Hui, publicado originalmente em <em>Techné: Research in Philosophy and Technology</em> <em>21</em>(2-3), 2017: 319-341.</p> <p> </p>2024-11-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 João Mendeshttps://revistas.uminho.pt/index.php/anthropocenica/article/view/6026Chakrabarty, Dipesh (2023). One Planet, Many Worlds. The Climate Parallax2024-11-05T15:48:03+00:00João Mendesjcrmendes@ilch.uminho.pt<p>Recensão de: Chakrabarty, Dipesh (2023). One Planet, Many Worlds. The Climate Parallax.</p> <h2> </h2> <h2> </h2>2024-11-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 João Mendeshttps://revistas.uminho.pt/index.php/anthropocenica/article/view/6027Lack, Bella (2017). The Children of the Anthropocene. Stories from the Young People at the Heart of the Climate Crisis2024-11-05T15:49:16+00:00João Mendesjcrmendes@ilch.uminho.pt<p>Recensão de: Lack, Bella (2017). The Children of the Anthropocene. Stories from the Young People at the Heart of the Climate Crisis.</p>2024-11-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 João Mendeshttps://revistas.uminho.pt/index.php/anthropocenica/article/view/6032Editorial nº 52024-11-09T18:55:38+00:00Maria do Carmo Mendesmcpinheiro@elach.uminho.ptJoão Mendesjcrmendes@ilch.uminho.pt<p>Editorial do nº 5.</p>2024-11-15T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2024 João Mendes, Maria do Carmo Mendes