O conservadorismo paradoxal de Aki Kaurismäki. Trabalho, gênero, amor e vitalidade em Folhas caídas
DOI:
https://doi.org/10.21814/diacritica.5849Palavras-chave:
Trabajo, Amor, Género, Vitalidad, KaurismäkiResumo
. Propomos um estudo do filme Folhas caídas (2023) de Aki Kaurismäki em termos de uma reflexão cinematográfica sobre como é possível perseverar afetivamente no mundo contemporâneo dominado pela lógica da extração de mais-valia através do trabalho assalariado. Após uma contextualização deste filme dentro da obra de Kaurismäki, onde se destaca uma reflexão sobre o mundo laboral contemporâneo, argumentamos que em seu cinema há uma revalorização do amor romântico. Embora certamente encenado por motivos heterossexuais tradicionais, trata-se de uma forma de amor romântico que implica uma tentativa disruptiva de encontrar uma espécie de refúgio afetivo em meio a uma estrutura da sociedade e do mundo que tende à aniquilação da vitalidade. Daí que proponhamos a ideia de um “conservadorismo paradoxal” nos motivos do amor romântico em Kaurismäki: paradoxal, pois as formas tradicionais do amor com as quais pensa Folhas caídas implicam formas de potencialização afetiva e não simplesmente a manutenção do status quo.
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