Para que servem os meus olhos? Notas sobre o trabalho feminino na indústria têxtil de Guimarães

Autores

  • Jorge Fernandes Alves

Resumo

Ligadas à auto-suficiência da vida rural, as actividades de fiar e tecer surgiram historicamente em complementaridade da faina agrícola, essencialmente como trabalho feminino que aproveita os tempos vagos das cadências da terra para 
transformar o linho ou a lã, dando utilidade social a estes produtos, criando riqueza através da incorporação de trabalho. Fiava-se, com a roca colada à cintura, em casa, de dia ou ao serão, de pé ou em marcha no caminho de vigia do gado aos lameiros. E, casa agrícola que se prezasse, tinha o seu tear, para do fio passar ao tecido.

Biografia Autor

Jorge Fernandes Alves

É professor associado com agregação no Departamento de História da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, leccionando na área de História Contemporânea. Com mais de uma centena de trabalhos publicados em livro ou revistas, os temas predominantes da sua investigação incidem na emigração, na história industrial e na história empresarial. 
Alguns títulos: Os Brasileiros - Emigração e Retorno no Porto Oitocentista (1994). José Vitorino Damásio e a Telegrafia Eléctrica em Portugal (1995, Portugal Telecom, em colaboração). Fábrica de Fiação e Tecidos do Rio
Vizela - As origens (O Tripeiro, 1995, em colaboração). Novas Páginas Avulsas, de J.J. Rodrigues de Freitas (Fundação Eng.o A. de Almeida, 1996, prefácio e org.). A Associação Industrial Portuense - Para a História do
Associativismo Empresarial (AIP, 1997, em colaboração). Rodrigues de Freitas - A obra e os contextos (FLUP, 1997, em colaboração). O emergir das associações industriais no Porto (Análise Social, 1996). Interesses industriais e clivagens associativas - a União dos Industriais do Norte (Revista da FLUP, 1996). Rodrigues de Freitas, Intervenções Parlamentares, 1870-1893 (Afrontamento/ Assembleia da República, 1999). Fiar e Tecer - Uma perspectiva histórica da indústria têxtil a partir do Vale do Ave (Museu da Indústria Têxtil, 1999). Os Brasileiros da Emigração (Museu Bernardino Machado, 1999, organização). Riba d'Ave na memária da indústria algodoeira (Museu da Indústria Têxtil, 1999). Os Transportes Colectivos do Porto - uma perspectiva 
histórica. (STCP, 2001, em colaboração). Indústria da pasta e do papel em Portugal- O grupo Portucel (Portucel SGPS, 2001). Leixões - Uma história portuária (APDL, 2001, em colaboração). Compal - 50 anos entre outras coisas (Nutrinveste, 2001). Douro e Leixões - A vida portuária sob o signo do bilhete postal (Edições Asa, 2002, em colaboração). Riopele - História de uma referência têxtil (Medialivros, 2002).

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Publicado

2019-11-06

Edição

Secção

Artigos