O Marquês de Fronteira e o teatro do seu tempo

Autores

  • António Reis

Resumo

São abundantes as referências pelo Marquês de Fronteira nas suas Memórias ao teatro do seu tempo. Pretende-se com este texto detectar a importância relativa que a arte teatral- tanto lírica, como declamada - vai assumindo ao longo dos diferentes estádios da vida de D. José Trazimundo, tal como a documentam as Memórias. Desde a primeira ida ao teatro na infância, até à frequência "social" do S. Carlos, sucedem-se diferentes tipos de relação com o teatro: o divertimento dos entremezes e farsas, as representações amadoras, os boicotes aos tenores, a agitação revolucionária na plateia do S. Carlos, a admiração pelo teatro visto nas cidades estrangeiras, a integração numa companhia cómica de aristocratas e diplomatas, as dificuldades para reabrir o S. Carlos quando exerceu o cargo de Inspector-Geral dos Teatros face à incompreensão do Ministro responsável, etc. Procurar-se-á integrar esta visão pessoal na evolução conhecida do teatro deste tempo, e compará-la, por outro lado, à visão de um burguês da mesma época, Francisco José de Almeida, autor dos "Apontamentos da vida de um homem obscuro".

Biografia Autor

António Reis

Habilitações literárias
Licenciado em Filosofia pela Universidade de Friburgo (Suíça). Doutorado em História especialidade História Cultural e das Mentalidades Contemporâneas pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
Nova de Lisboa, com uma dissertação intitulada "Raúl Proença - Biografia de um Intelectual Político Republicano".
Actividade Académica
Presidente do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, de 1993 a 1995. Professor Auxiliar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Responsável pelo Seminário de História Cultural e das Mentalidades do
Mestrado de História Contemporânea (secção século XX).
Publicações
- Portugal Oomemporëneo (1820-1992), 6 vols, Lisboa, Publicações Alfa, 1990-1993 (direcção e co-autoria).
- Portugal Vinte Anos de Democracia, Lisboa, Círculo deleitores, 1994 (coordenação e co-autoria).
- Raúl Proença, Estudo e Antologia, Lisboa, Publicações Alfa, 1991.
- Mediateca do Século XX (direcção e co-autoria da versão portuguesa), 1998.
- Dezenas de artigos, comunicações e recenções críticas de carácter historiográfico, filosófico e ensaístico em diversas publicações, nomeadamente, Dicionário Ilustrado de História de Portugal (Publicações Alfa, 1987)", Dicionário de História do Estado Novo (Círculo de leitores), História (nova série), Revista de História das Ideias (Universidade de Coimbra), Penélope, Revista da Biblioteca Nacional, Colóquio letras, Prelo, Revista Portuguesa de Filosofia, Jornal de Letras, Artes e Ideias, Finisterra-Revista de Reflexão e Crítica, Nova Renascença, O Tempo e o Modo (1969-1970), Seara Nova (1970-1974).

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Publicado

2019-11-06

Edição

Secção

Artigos