Desafios à educação de jovens e adultos nos assentamentos de reforma agrária no Brasil: a experiência do Programa Nacional de Educação da Reforma Agrária em Pernambuco, Brasil

Resumo

As possibilidades de um Programa de Educação para/do/no Campo que respondesse aos anseios das populações rurais e dos movimentos que as incorporam na luta por uma vida digna nos trouxe grandes esperanças. Tivemos essa expectativa, especialmente por se tratar de uma proposta procedente de um Encontro Nacional de Educadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), realizado em Brasília no mês de julho de 1997, e que dispunha de uma Coordenação Pedagógica Nacional composta pelos movimentos sociais do campo, as universidades e o governo federal. Pensávamos poder contribuir para consolidar uma prática pedagógica que não desperdiçasse esforços humanos e recursos financeiros, e não frustrasse uma esperança que parecera promissora: a garantia do acesso ao letramento
por parte de assentados que teimassem em freqüentar uma sala de aulas. Infelizmente, não é isso que tem se verificado, por pura incompetência do Governo Federal que não garante os financiamentos nos montantes e nos tempos previstos. Tem sido uma frustração para os assentados, os movimentos sociais rurais e as universidades. Apenas um dos sujeitos do processo está satisfeito, o governo federal.