Um desígnio de paz para Roma: Representações de Augusto em Virgílio e Horácio

Autores

  • Virgínia Soares Pereira Universidade do Minho

Resumo

Decorreram, durante o ano de 2014, as celebrações do bimilenário da morte de Augusto (63 a.C.-14 d.C.)1 e, nessa circunstância, o mundo académico evocou a personalidade do político que instaurou uma nova era de paz, passado o pesadelo das guerras civis, e revitalizou uma Roma material e moralmente necessitada de um novo rumo. Entre os poetas que assistiram a este movimento de renovação augustana e cantaram, de modo mais ou menos directo ou subliminar, os feitos e a Roma do princeps, encontram-se Virgílio e Horácio, dois vultos poéticos da Antiguidade que nunca será demais revisitar. No presente artigo, veremos como Virgílio, uma alma de sublime sensibilidade, aderiu ao programa reformador do princeps, apesar das hesitações, e como o Venusino, que acima de tudo prezava a sua liberdade pessoal e recusava a grande poesia celebrativa, pôde, sem incoerência, associar-se ao coro das vozes exaltadoras da acção de Augusto.

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Publicado

2019-12-09