Os mais antigos prospectos do Santuário do Bom Jesus do Monte (1781-1880)

Autores

  • Eduardo Pires de Oliveira Biblioteca Pública de Braga / Universidade do Minho

Resumo

O Santuário do Bom Jesus do Monte tinha todas as condições para poder vingar fosse na sensibilidade do povo minhoto, fosse no seu imaginário. Em nenhum outro local se reuniram tantos e tão perfeitos atributos.
Em primeiro lugar, inquestionavelmente, devemos ter em conta uma sociedade que tinha uma religiosidade profundamente ligada ao espetáculo: acima de tudo, o Homem, as populações, também queriam ser actores e intérpretes do que se representava nas capelas que subiam o monte. Depois temos que ter em conta um fortíssimo contraponto: a diferença impressionante entre as sensibilidades de quem usufruiu da montanha sagrada – a população em geral em que avulta o homem pobre e de alguma forma inculto – e a de quem a quis fazer e pagou, o todo-poderoso arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles. Ambos estavam formatados numa sensibilidade tradicional, o que aqui quer também dizer oficial, ambos queriam um conjunto espetacular composto por capelas e cenas da paixão.

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Publicado

2019-12-11