Arqueologia portuguesa: próximo futuro. Previsões para a última década do II milénio

Resumo

Num breve texto, publicado em 1987 no número dois da revista Forum, sob o título de "As Três Idades da Arqueologia Portuguesa", escrevíamos no último parágrafo: "Talvez assim, e por outros caminhos de bom senso e ponderação, seja possível evitar uma nova Idade das Trevas ...". Esta advertência final fechava uma sequência de páginas nas quais desenhámos um triptíco, desdobrado em quadros sumários: a Idade do Ouro da arqueologia portuguesa (o tempo das origens, na segunda metade do século XIX, a idade heróica perdida para sempre); a Idade das Trevas (o longo período de estagnação que se estendeu entre os anos 30 e 60 do corrente século, sob a égide do Estado Novo); a Idade do Renascimento (o processo de renovação a que assistimos nos anos 70 e 80, de uma forma mais acentuada a partir de 1977).