THE CONTINGENCY OF POLITICS AND THE NECESSITY OF HYPOCRISY IN MACHIAVELLI’S THE PRINCE
DOI:
https://doi.org/10.21814/eps.2.1.88Palavras-chave:
Maquiavel, príncipe, hipocrisia, virtude, fortunaResumo
Na sua obra mais conhecida, Maquiavel mostrou como o príncipe nunca é avaliado por aquilo que é, mas segundo o que parece ser. O político deve, portanto, agir como um hipócrita, como um ‘grande simulador e dissimulador’, para manter o apoio do povo sobre o qual o seu poder assenta. Contudo, a hipocrisia não equivale simplesmente ao engano dos governados pelos governantes. Face à divisão social subjacente ao estado, ela desempenha na verdade um papel fundamental na constituição imaginária de um poder soberano capaz de impor a unidade e a estabilidade sobre a vida colectiva. O nosso objectivo é indagar o uso da hipocrisia por forma a enfatizar a distinção introduzida por Maquiavel entre virtude moral e ‘virtù’ política. Além disso, tentaremos demonstrar de que maneira a hipocrisia é apresentada enquanto parte integrante de uma estratégia mais ampla contra os efeitos imprevisíveis do tempo, simbolizados através da metáfora da ‘Fortuna’.
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