Guimarães e Portucale, entre o passado e a memória

Autores

  • Maria da Conceição Falcão Ferreira

Resumo

Não posso deixar de agradecer, de imediato, o convite que me foi endereçado pelas Instituições responsáveis por esta iniciativa: o Conselho Cultural da Universidade do Minho, na pessoa do Senhor Professor Lúcio Craveiro da Silva; a Câmara Municipal de Guimarães, na pessoa do Senhor Dr. António Magalhães e a Sociedade Martins Sarmento, na pessoa do Doutor Santos Simões. Um obrigada do tamanho destes mil anos à cidade que, com tanta estima, tem acolhido a minha investigação. À Professora Manuela Martins, cujas palavras só podem entender-se à luz da profunda amizade que nos une, o meu grato e sentido reconhecimento. Ao contrário do que tanta vez acontece, hoje, a dimensão da apresentadora excede, em muito, a da conferencista.

Biografia Autor

Maria da Conceição Falcão Ferreira

Nasceu em Braga, a 24 de Junho de 1946. Terminou o Curso do Magistério Primário com 16 valores, iniciando a sua vida profissional, aos dezoito anos, no então Ensino Primário Oficial. Prosseguindo os seus estudos, como aluna voluntária, concluíu o Curso Complementar dos Liceus, em 1968, com 16 valores. Na Faculdade de Letras da Universidade do Porto terminou o grau de Bacharel e o Curso de Ciências Pedagógicas, em 1971, com 14 valores, vindo a licenciar-se em História no ano de 1974, também com 14 valores. Enquanto terminava a licenciatura, concluíra, em 1973, o Estágio Pedagógico em História e Português, na então Escola Técnica de Alberto Sampaio, em Braga, com 17
valores, e o Exame de Estado na Escola Técnica Oliveira Martins, no Porto, com 15.7 valores. Em Julho de 1987 obteve o grau de Mestre em História da Idade Média, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, obtendo a classificação de "Muito Bom" com o estudo: Uma rua de elite na Guimarães
medieval (1376-1520); em Dezembro de 1997 doutorou-se, no mesmo grupo disciplinar, na Universidade do Minho, tendo sido aprovada com "Distinção e Louvor", com o estudo: Guimarães: duas vila um só povo. Estudo de história urbana (1250-1389). Trabalho que viria a merecer a atribuição da Medalha de Mérito Intelectual em Ouro, pela Câmara Municipal de Guimarães, no dia 24
de Junho de 1998 e o Prémio Alberto Sampaio, ex-aequo, em Dezembro de 1999. Percorreu o cursus profissional leccionando nos Ensinos Primário, Preparatório, Secundário, Médio e Superior, onde é docente no Departamento de História, do Instituto de Ciências Sociais. Assume, actualmente a responsabilidade da docência das disciplinas de Idade Média Portuguesa, Seminário de Investigação e Métodos e Fontes Documentais para a Arqueologia. Por acordo inter-Universidades integra o centro de apoio da Universidade Aberta, em Braga, desde Junho de 1990. Desde 1997/1998 que teve a seu cargo
diversas tarefas institucionais: Directora dos Cursos de História, Presidente da Comissão de Estágios de Ensino da História, Presidente do Conselho de Cursos de Ciências Sociais e Directora-Adjunta do Departamento de História.
A sua investigação prevalente tem-se fixado, desde longa data, no estudo de Guimarães medieval, com enfoque nos problemas de história urbana, entre os séculos XIII e xv. De quando em vez, e no perseguir o mundo das cidades, escreveu sobre Barcelos, Braga e Santarém. Enquanto prossegue o interminável caminho pela Guimarães medieva, e ultima a publicação da tese de doutoramento, com apoio da Câmara Municipal de Guimarães e da Universidade do Minho, encetou já um outro projecto aliciante: a tentativa de reconstituir a habitação corrente nas cidades medievais nortenhas, em estreita colaboração com a Unidade de Arqueologia, e cujos primeiros resultados já publicou.
Entre as demais temáticas de interesse, e a cuja investigação se vem dedicando, conta-se o estudo das oligarquias urbanas, no quadro das relações de poderes. Numa abordagem plurisdiciplinar, e através da orientação de trabalhos académicos, tem direccionado a sua pesquisa em temas relacionados
com a contabilidade e fiscalidade medievais. Por fim, dá seguimento ao projecto de aproveitar os jovens investigadores, quer para prosseguir os estudos de Guimarães urbana, quer para iniciar o longo percurso pelo vasto termo concelhio medievo, entre o campo e a cidade.

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Publicado

2000-12-01

Edição

Secção

Artigos