Patrimônio geomorfológico e interpretação ambiental em trilhas de montanha (Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro, Brasil)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21814/physisterrae.2217

Palavras-chave:

Patrimônio Geomorfológico, Geomorfossítios, Trilhas, PARNASO

Resumo

Promover a valorização da geodiversidade e de seu patrimônio geomorfológico em unidades de conservação, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, é de suma importância e contribui para o uso sustentável destes territórios e seu entorno. O Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO), localizado na Serra do Mar, região Sudeste do Brasil, possui um conjunto de montanhas com grande valor estético que possibilita ressaltar outros valores e usos, como o científico, o didático e o turístico dos seus geomorfossítios, por meio de uma interpretação ambiental em trilhas, contribuindo no cumprimento de seus objetivos de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação. O presente trabalho apresenta uma proposta de caracterização da geodiversidade do PARNASO e a implementação de estratégias de gestão e divulgação do patrimônio geomorfológico em trilhas de montanha, a partir da elaboração de roteiros geoturísticos e didáticos, com o auxílio do aplicativo de navegação Wikiloc®. Neste sentido, detalhar, registrar e divulgar aspectos da geodiversidade em trilhas contribui no destaque da dimensão estética da paisagem, da sua dimensão dinâmica, ao identificar e visualizar processos e mudanças, e também da sua imbricação de escalas, seja espacial ou temporal. Então, é necessário ressaltar uma abordagem mais integrada ligando a geodiversidade, a biodiversidade, a paisagem e as pessoas, aspecto central em que a presente pesquisa pretende contribuir.

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Publicado

31-12-2019

Como Citar

Pessoa, F. A., Brito, A. F. S., Pacheco, F. F., Peixoto, M. N. O., & Mansur, K. L. (2019). Patrimônio geomorfológico e interpretação ambiental em trilhas de montanha (Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro, Brasil). Physis Terrae - Revista Ibero-Afro-Americana De Geografia Física E Ambiente, 1(2), 121–138. https://doi.org/10.21814/physisterrae.2217