Geoecologia da Paisagem: uma ciência conexa e seus percursos metodológicos para a análise integrada

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21814/physisterrae.5919

Palavras-chave:

Unidade de paisagem, Carajás, Geoecologia

Resumo

A Geoecologia da paisagem é uma ciência ambiental de caráter multidisciplinar e sistêmico, orientada para as questões dos padrões e funções ambientais, que combina relações entre os sistemas geográficos, ecológicos e socioprodutivos, lhe conferindo certa complexidade e muitas vezes confusões teóricas e metodológicas. Por ser relativamente nova no Brasil, a geoecologia necessita ainda de um longo caminho para aparar as confusões metodológicas existentes na sua aplicação. Objetiva-se apresentar o caminho metodológico da Geoecologia, com foco no seu caráter analítico e sintético, para a identificação cartográfica das unidades geoecológicas. A sequência metodológica para os estudos geoecológicos detém dois caminhos: a análise e o diagnóstico. Como resultados tem-se a delimitação de cinco unidades geoecológicas com sua diferenciação no nível local (localidade, comarcas e subcomarcas). Vale esclarecer que o procedimento proposto não é o único a ser seguido nos estudos geoecológicos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Antrop, M. (2000). Geography and landscape science. Belgeo. Revue Belgeo de Géographie, 1-2-3-4, 9-36. https://doi.org/10.4000/belgeo.13975

Almeida, E. P. de, Vidal, M. R., Mascarenhas, A. L. dos S. (2024). Uma primeira aproximação geoecológica no pantanal brasileiro. Caderno Prudentino de Geografia, 2(46), 20–41.

Bailey, R. G. (2004). Identifying ecoregions boundaries. Environmental management, 34(S1), 14026. https://doi.org/10.1007/s00267-003-0163-6

Baryshev, E., Shmakova., Yakshina, N. (2019).Types of geoecological research and areas of their application. IOP Conference Series: Materials Science and Engineering, 572(1), 012090. https://doi.org/10.1088/1757-899x/572/1/012090

Bianchini, S. R., Vasconcelos, L.V., Pastore, M. (2016). Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Convolvulaceae. Rodriguésia, 67, 1301-1318. https://doi.org/10.1590/2175-7860201667530

Brandt., J., Vejre., H. (2004). Multifunctional landscapes: theory, values and history, 1. WIT, Press, Southampt. ISBN: 978-1-85312-930-8

Cabral, E. L., Miguel, L. M., Viana, P. L. (2012).Two new species of Borreria (Rubiaceae) from Brazil, with new distributional records for Pará state and a key to species with transversally sulcate seeds. Annales Botanici Fennici, 49(3), 209–215. https://doi.org/10.5735/085.049.0310

Carvalho, J. L. N., Avanzi, J. C., Silva, M. L. N., Mello, C. R. de, Cerri, C. E. P. (2010). Potencial de sequestro de carbono em diferentes biomas do Brasil. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 34, 277–290. https://doi.org/10.1590/S0100-06832010000200001

Cherkashin, A. K. (2021). Geosystems and the Geographical Environment. Geogr. Nat. Resour, 42(1) 1–9. https://doi.org/10.1134/S1875372821010066

Cerri, C. E. P. et al. (2006). Potential of soil carbon sequestration in the Amazonian Tropical Rainforest. In: Lal, R., Cerri, C. C., Bernoux, M., Etchevers, J., Cerri, C. E. P. (Eds.), Carbon sequestration in soils of Latin America. New York, Haworth Press, p. 245-266. ISBN 978-1-56022-136-4, 1-56022-136-4.

Costa, M. L. (1991). Aspectos geológicos dos lateritos da Amazônia. Revista Brasileira de Geociências, 21(2),146-160.

Dittrich, V. A. O., Salino., A, Almeida, T. E. (2012). Two new species of the fern genus Blechnum with partially anastomosing veins from Northern Brazil. Systematic Botany, 37(1), 38-42. https://doi.org/10.2307/41416934

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (2018). Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 5ed. Rio de Janeiro: Embrapa Solos.

Gonçalves, E. G., Arruda, A. J. (2013). Philodendron carajasense sp. nov. (Araceae), a rheophyte from Carajás Mountain Range, northern Brasil. Nordic Journal of Botany, 32(5) 536-539. https://doi.org/10.1111/j.1756-1051.2013.00171.x

Jenny, H. (1941). Factors of soil formation. New York: McGraw-Hill.

Haber, W. (2005). Pflege des Landes – Verantwortung für Landschaft und Heimat. In: Deutscher Rat für Landespflege (ed.), Landschaft und Heimat. Schriftenreihe des Deutschen Rates für Landespflege. Meckenheim, v.77. p. 100-107.

Huete, A. R., Jackson, R. D., Post, D. F. (1985). Spectral response of a plant canopy with different soil backgrounds. Journal Remote Sensing of Environment, 17(1), 37–53. https://doi.org/10.1016/0034-4257(85)90111-7

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2012). Manual técnico da vegetação brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro.

Krcho, J. (1974). Štruktúra a priestorová diferenciácia fyzicko -geografickej sféry ako kybernetického systému. Bratislava, Geogra. Cas., 26(2).132-162.

Krcho, J. (1978). The spatial organization of the physical-geographical sphere as a cybernetic system expressed by means of measure as entropy. In: Acta Facultatis Rerum Naturalium Universitas Comenianae, Geographica, 16.

Khoroshev, A. V., Eremeeva, A. P., Merekalova, K. A. (2013). Evaluation of intercomponents linkages in the steppe and taiga landscapes with account for modifiable areal unit. Proc. of Russ. Geogr. Soc., 145.

Lagler, B. (2011). Mineralogia e geoquímica das sequencias vulcânicas paleoproterozóicas do Grupo Uatumã na região de São Félix do Xingu (PA), Cráton Amazônico. Dissertação de mestrado, Instituto de Geociências, USP. São Paulo.

Mascarenhas, A. L. S., Vidal, M. R., Brasil, F. L. (2021). Topographic lineament pattern analysis and Geomorphological Characterization of the Andorinhas Mountain Range Region (Pará), using Aw3d30 images. Rev. William Morris Davis. 2(2). 1-11.

Mander, Ü., Müller. F., Wrbka, T. (2005). Functional and structural landscape indicators: upscaling and downscaling problems. Ecological Indicators, 5(4). 267–272. https://doi.org/10.1016/j.ecolind.2005.04.001

McFeeters, S. K. (1996). The use of the Normalized Difference Water Index (NDWI) in the delineation of open water features. International Journal of Remote Sensing, 17(7), 1425–1432. https://doi.org/10.1080/01431169608948714

Pereira, J. B. S., Salino, A., Arruda, A., Stützel, T. (2016). Two new species of Isoetes (Isoetaceae) from northern Brazil. Phytotaxa, 272(2), 141-148. https://doi.org/10.11646/phytotaxa.272.2.5

Preobrazhensky, V. S., Minc, A. A. (1973). Sootnoshenye ponyaty geosystema a ekosystema. In: Práce a materiály z biológie krajiny 20. Proceedings of 3rd international symposium on the landscape ecological research, Bratislava.

Preobrazhensky, V. S. (1983). System orientation of landscape research in geography and its presentday realization. In: Drdoš, J. (ed) Landscape synthesis. Geoecological foundations of the complex landscape management. VEDA, Bratislava, p. 31–36.

Rodriguez, J. M. M., Silva, E. V, Cavalcanti, A. P. B. (2022). Geoecologia das paisagens: uma visão geossistêmica da análise ambiental. Edições UFC, 6 ed., Fortaleza.

Sahdev, S., Singh, R. B., Kumar, M. (2020). Geoecology of Landscape Dynamics. In Advances in geographical and environmental sciences. Springer Nature. https://doi.org/10.1007/978-981-15-2097-6

Salinas, C. E., García, A. E., Miravet S, B. L., Remond N, R., Cruañas L, E. (2019). Delimitación, clasificación y cartografía de los paisajes de la cuenca Ariguanabo, Cuba, mediante el uso de los SIG. Revista Geográfica, 154, 9-30. https://doi.org/10.35424/regeo.v0i154.326

Salinas, E. C., Fernandez, J. A. Q. (2001). Paisajes y Ordenamiento Territorial: Obtencion del Mapa de Paisajes del Estado de Hidalgo en México a Escala Media cone Apoyo de los SIG. Alquiba, Revista de Investigación del Bajo Segura, 7, 517-527.

Schmithüsen, J. (1968). Was ist eine Landschaft?. Universität d. Saarlandes, Saarbrücken.

Troll, C. (1950). Die geographische Landschaft und ihre Er-forschung. Studium Generale, 3, 163–181.

Trofimov, V. T. (2009). Paradoxes of Modern Geoecology. Moscow University Geology Bulletin, 64(4), 203-213. https://doi.org/10.3103/S0145875209040012

Vidal, M. R., Mascarenhas, A., Silva, E., Barbosa, E. (2023). Geoecologia: aportes para uma aproximação taxonômica das Unidades de Paisagens para a região de Carajás. In: M. A. Monteiro (Ed.), Amazônia: a região de Carajás, Belém: NAEA, p. 365-392.

Vidal, M. R., Silva, E. (2021). Enfoque estrutural e funcional da geoecologia das paisagens: modelos e aplicações em ambientes tropicais. Geofronter, Campo Grande, 7(1), 1-19. https://doi.org/10.61389/geofronter.v7.6708

Vidal, M. R. (2014).Geoecologia das paisagens: Fundamentos e aplicabilidade para o planejamento ambiental no baixo curso do rio Curu-Ceará-Brasil. Tese (doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Centro de ciências, Programa de pós-graduação em geografia. Fortaleza.

Vidal, M. R., Mascarenhas, A. L. S. (2020). Estrutura e funcionamento das paisagens litorâneas cearenses à luz da Geoecologia das Paisagens. Geousp – Espaço e Tempo (On-line), 24(3), 600-615. https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2020.121030

Zonneveld, I. S. (1989). A unidade terrestre – um conceito fundamental na ecologia da paisagem e sua aplicação. Paisagem Eco, 3, 67-86.

Downloads

Publicado

11-09-2025

Como Citar

Vidal, M. R., Silva, E. V. da, & dos Santos Mascarenhas, A. L. (2025). Geoecologia da Paisagem: uma ciência conexa e seus percursos metodológicos para a análise integrada. Physis Terrae - Revista Ibero-Afro-Americana De Geografia Física E Ambiente, 7(1), 3–21. https://doi.org/10.21814/physisterrae.5919

Edição

Secção

Biogeografia e Paisagem