A adição (não) é uma doença. O modelo biomédico das dependências e os seus críticos
Palavras-chave:
adição, toxicodependência, drogas, modelo biomédicoResumo
Resume-se aqui, de uma forma muito genérica, o modelo biomédico das adições (brain disease model of addiction), que define a toxicodependência e outros comportamentos aditivos como doenças do cérebro de natureza crónica e recidiva. São apresentados também os argumentos de alguns dos seus mais destacados críticos, autores que partilham a convicção de que esse modo de olhar para estes fenómenos é limitado e redutor, pois ignora ou, pelo menos, desvaloriza os fatores sociais, os contextos e as causas estruturais da adição. Um conjunto de especialistas e académicos, críticos da perspetiva biomédica, têm procurado demonstrar que as adições são, no essencial, respostas aprendidas e de natureza adaptativa a adversidades sociais e emocionais, defendendo uma abordagem mais multifatorial e multidimensional que reconheça sentido e agência às pessoas com comportamentos aditivos.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Vasco Calado

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode.en