O folclorismo e a melodia na 1.ª Suite Alentejana (1919) de Luís de Freitas Branco

Autores

  • Vitor Matos Centro de Estudos Humanísticos (CEHUM); Departamento de Música, Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas, Universidade do Minho, Braga, Portugal
  • Pedro Maia Departamento de Música, Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas, Universidade do Minho, Braga, Portugal
  • Vera Fonte Centro de Estudos Humanísticos (CEHUM); Departamento de Música, Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas, Universidade do Minho, Braga, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.21814/diacritica.4758

Palavras-chave:

Luiz de Freitas Branco, 1.ª Suite Alentejana, Folclorismo musical nacional, Análise musical

Resumo

Obra distinta e particular na produção de Luiz de Freitas Branco (1890–1955), a 1.ª Suite Alentejana (1919) apresenta-se conotada com uma vertente menos usual da linguagem do compositor – a evocação de elementos folclorizantes da sua região de eleição, o Alentejo. Praticamente um aparte na sua criação musical, a Suite espelha assim uma versatilidade na sua dimensão estética, revelando concomitantemente um lado tão universalista como racional – alguém que se socorre dos meios necessários para atingir um determinado fim. Apesar de vários autores reconhecerem a vertente folclorista na 1.ª Suite Alentejana, este aspeto ainda está por explorar de forma mais aprofundada, partindo de um estudo mais detalhado da escrita musical adotada por Freitas Branco. Com este artigo pretendemos propor uma análise da partitura focada nos diferentes tipos de melodias e texturas utilizadas, de forma a identificar e compreender melhor de que modo o autor incorpora elementos de cariz folclórico no discurso musical da obra.

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Publicado

24-10-2023

Como Citar

Matos, V., Maia, P., & Fonte, V. (2023). O folclorismo e a melodia na 1.ª Suite Alentejana (1919) de Luís de Freitas Branco. Diacrítica, 37(1), 28–46. https://doi.org/10.21814/diacritica.4758

Edição

Secção

Artigos Temáticos