Representações de um passado deslembrado. A infância no exílio político nos filmes de Flávia Castro
DOI:
https://doi.org/10.21814/diacritica.674Palavras-chave:
Memória, Tradução, Ditadura brasileira, Exílio político, Geração pós-memorialResumo
Sabe-se que os exilados nutrem uma constante necessidade de reconstruir sua identidade (Said 2003) e, por vezes, têm a tarefa de desconstruir e reorganizar narrativas que cultivem a memória. A memória, por conseguinte, se configura como uma interpretação do passado e, portanto, como um processo de reconstrução deste passado a partir do presente e através da(s) linguagem(ens). Partindo do conceito de geração pós-memorial de Hirsch (2012), o presente artigo tem como objetivo analisar as narrativas fílmicas Diário de uma busca (2010) e Deslembro (2018), destacando a transmeabilidade entre a ficção e o real e aludindo ao binômio memória e história. Para tanto, ancoro-me na concepção de tradução como recriação, representação e reprodução de memórias e fundamento minhas discussões em abordagens teóricas que se referem a processos de adaptação cultural e tradução intersemiótica. Em suma, a pesquisa observa as semelhanças e diferenças na construção das narrativas e no modo como a realizadora Flávia Castro traduz suas memórias da ditadura brasileira e do exílio político em diferentes formatos fílmicos, a saber, em um documentário e em uma ficção.
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