Ecos de A Costa dos Murmúrios em A Noite das Mulheres Cantoras, de Lídia Jorge. Esquecimento, memória e parábolas sociais
DOI:
https://doi.org/10.21814/diacritica.4938Palavras-chave:
memória, engajamento emocional, colonialismo, racismo, sexismoResumo
O propósito deste ensaio é basicamente estabelecer paralelismos possíveis ou, se quisermos, relações de contiguidade entre dois romances de Lídia Jorge separados por várias décadas: A Costa dos Murmúrios (Jorge, 1998) e A Noite das Mulheres Cantoras (Jorge, 2011). Procuro demonstrar como ambos podem ser lidos como parábolas sociais — sobre temáticas bem diferenciadas — construídas sobre o binómio esquecimento / memória. A nível especificamente estrutural, os dois romances incluem cada um narrativas breves, representando o impulso de esquecer ou ocultar, seguidas de narrativas longas, cujo principal objetivo é lembrar ou desmascarar o que antes se escondera.
Referências
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