A dialética em estado de exceção: Alegorias da ditadura civil-militar em À Flor da Pele, de Consuelo de Castro
DOI:
https://doi.org/10.21814/diacritica.4991Palavras-chave:
Teatro, Dramaturgia, Dialética, História do Brasil, Teoria CríticaResumo
Este artigo propõe uma análise da peça teatral À flor da pele, da dramaturga brasileira Consuelo de Castro, escrita em 1969, durante o auge da ditadura civil militar brasileira. Procura-se demonstrar que o texto pode ser melhor compreendido utilizando-se o conceito de alegoria, tal como definido pelo filósofo WalterBenjamin. Seguindo esta leitura, a linguagem alegórica desloca os parâmetros da forma dramática tradicional, de origem europeia, modificando-a a partir do confronto com o contexto histórico brasileiro do período. Essa realidade histórica, fraturada pelos ditames de um Estado de Exceção, teria gerado uma espécie particular de drama negativo, que procuraremos revelar durante o texto.
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