Plínio-o-Moço e a dimensão multifacetada da sua correspondência

Autores

  • Virgínia Soares Pereira Centro de Estudos Humanísticos (CEHUM), Universidade do Minho

DOI:

https://doi.org/10.21814/diacritica.5102

Palavras-chave:

Plínio-o-Moço, Epistolografia, Mirabilia da natureza, Trajano, Bitínia-Ponto

Resumo

O epistolário de Plínio-o-Moço constitui um legado clássico da maior relevância para o conhecimento do mundo romano de finais do século I e inícios do século II da nossa era. Entre o documental e o literário, as cartas plinianas permitem entrever o seu círculo familiar, político e literário, o seu núcleo de amigos, a sua filantropia, o apego à sua terra natal, a sua intervenção pública como advogado e senador, os seus cuidados como grande proprietário e senhor de escravos, bem como o seu gosto pelos mirabilia da natureza e a sua inesgotável curiosidade, além de uma imensa paixão pelos studia. Este artigo procurará dar a conhecer um epistológrafo amável e a sua visão multifacetada e amena do mundo circundante.

Referências

Fontes

Demetrio. (1979). Sobre el Estilo. Longino, Sobre lo Sublime (Introducción, Traducción y notas de José García López). Editorial Gredos.

Pline Le Jeune. (1966). Correspondance (Traduction du latin et introduction par Yves Hucher. Préface de Marcel Jouhandeau). Union générale d’Édition.

Pline le Jeune. (1987-92). Lettres (Livres I-IX) (3 tomes, texte établi et traduit par Anne-Marie Guillemin). Les Belles Lettres.

Pline le Jeune. (1972). Lettres (Livre X). Panégyrique de Trajan (Texte établi et traduit par Marcel Durry). Les Belles Lettres.

Estudos

Antón Martínez, B. (1996). La epistolografia romana: Cicerón, Séneca y Plinio. Helmántica, 47(142-143), 105–148. DOI: https://doi.org/10.36576/summa.3479

Carcopino, J. (1963). Rencontres de l’histoire et de la littérature romaines. Flammarion.

Citroni, M. (Dir.) (2006). Literatura de Roma Antiga (M. Miranda & I. Hipólito, Trads.; W. Medeiros, Rev.). Fundação Calouste Gulbenkian.

Costa, M. A. (2013), Cícero e a retórica do exílio: as figuras de repetição (Dissertação de mestrado, Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte).

Cova, P. V. (1998). Plinio il Giovanne. In I. Lana, & E. V. Maltese (Dirs.), Storia della Civiltà letteraria greca e latina (Vol. II, pp. 1023–29). U.T.E.T.

Cugusi, P. (1983). Evoluzione e forme dell’ Epistolografia Latina nella Tarda Republica e nei primi due secoli dell’ Impero. Herder.

Durry, M. (1972). Pline Le Jeune, Lettres (Livre X). Panégyrique de Trajan (Texte établi et traduit par Marcel Durry). Les Belles Lettres.

Ferreira, L. N. (2010). A lenda de Aríon e a influência de Plutarco na arte ocidental. In L.de Nazaré Ferreira, P. Simões Rodrigues & N. Simões Rodrigues (Eds.), Plutarco e as artes: pintura, cinema e artes decorativas (pp. 17–68). Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos. DOI: https://doi.org/10.14195/978-989-8281-57-9_1

Gibson, R., & Morello, R. (Eds.) (2003). Re-Imaging Pliny The Younger [Special Issue]. Arethusa, 36(2).

Guerreiro, C. (2013). Aríon e o golfinho. Notas sobre a construção de uma lenda, In M. C. Pimentel, & P. F. Alberto (Eds.), Vir bonus peritissimus aeque. Estudos de homenagem a Arnaldo Espírito Santo (pp. 85–92). Centro de Estudos Clássicos.

Henderson. J. (2003). Portrait of the artist as a figure of style [Special Issue]. Arethusa, 36(2), 115–125. DOI: https://doi.org/10.1353/are.2003.0012

Jal, P. (1993). Pline épistolier, écrivain superficiel? Quelques remarques. REL, 71, 212–227.

Lesky, A. (1995). História da Literatura Grega (M. Losa, Trad.). Fundação Calouste Gulbenkian.

Levick, B. (1979). Pliny in Bithinia – and what followed. Greece & Rome, 26(2), 119–131. https://doi.org/10.1017/S0017383500026851 DOI: https://doi.org/10.1017/S0017383500026851

Montero, S., Bravo, G., & Martínez-Pinna, J. (s.d.), El Imperio Romano. Visor Libros.

Morello, R. (2003). Pliny and the art of saying nothing [Special Issue]. Arethusa, 36 (2), 187–209. DOI: https://doi.org/10.1353/are.2003.0016

Muñoz Martín, M. (1985). Teoría epistolar y concepción de la carta en Roma. Universidad de Granada.

Muñoz Martín, M. (1993). La forma epistolar en Plinio El Joven. In II Congresso Peninsular de História Antiga (pp. 111–133). Universidade de Coimbra.

Murgia, Ch. (1985). Pliny’s Letters and the Dialogus. Harvard Studies in Classical Philology, 89, 171–206. DOI: https://doi.org/10.2307/311275

Nascimento, A. (2002). Conquirendi non sunt…: os primeiros cristãos frente ao poder ou as perplexidades de um governador romano. In A. Nascimento (Coord.), De Augusto a Adriano. Actas de Colóquio de literatura latina (pp. 259–288). Euphrosyne.

Pereira, V. S. (2000). Plínio-o-Moço. Editorial Inquérito.

Pérez Gómez, L. (1997). La epístola en Roma. Siglos II-IV. In C. Codoñer (Ed.), Historia de la literatura latina (pp. 653–664). Ediciones Cátedra.

Radice, B. (1962). A fresh approach to Pliny’s letters. Greece & Rome, 9(2), 160–168. DOI: https://doi.org/10.1017/S0017383500020490

Ramalho, A. C. (1974). Prefácio. In Cícero, As Catilinárias, Defesa de Murena, Defesa de Árquias e Defesa de Milão (pp. 9–36). Editorial Viterbo.

Ramos, M. (2017). Teoria clássica e medieval da composição epistolar: entre epistolografia e retórica. CEM, 8, 25–42.

Sherwin-White, A. N. (1998). The letters of Pliny. A historical and social commentary (2nd ed.). Clarendon Press.

Suárez de la Torre. (1987). Ars Epistolica. La preceptiva epistolográfica y sus relaciones con la retórica. In G. Morocho (Ed.), Estúdios de drama y retórica en Grécia y Roma (pp. 177–204). León.

Trisoglio, Fr. (1971). L’elemento meditativo nell’epistolario di Plinio il Giovanne. In Fons Perennis. Saggi critici di Filologia Classica raccolti in onore del Prof. Vittorio d’Agostino (pp. 413–444). A cura della Amministrazione della Rivista di studi classici.

Downloads

Publicado

28-12-2022

Como Citar

Soares Pereira, V. (2022). Plínio-o-Moço e a dimensão multifacetada da sua correspondência . Diacrítica, 36(3), 155–173. https://doi.org/10.21814/diacritica.5102

Edição

Secção

Artigos Temáticos