Movimento Editorial e Imagem da Subjetividade. Notas sobre Ensaios, de Michel de Montaigne
DOI:
https://doi.org/10.21814/diacritica.5142Palavras-chave:
Michel de Montaigne, Ensaio Literário, Movimento Editorial, Especularidade e Fantasmagoria, SubjetividadeResumo
Tendo em vista tanto questões literárias quanto questões editoriais, estas notas apresentam uma reflexão sobre dois aspectos de Ensaios (1580), de Michel de Montaigne, que redimensionam o debate acerca da questão da escrita de si, são eles: a imagem da subjetividade e a atitude revisional como movimento editorial. O eixo temático guarda em seu bojo uma reflexão sobre a duração subjetiva, tempo da escrita dentro e fora do texto, que dinamiza as imagens especulares de si dando-lhes movimento, ou seja, produzindo seus fantasmas. A metodologia de abordagem identifica as figuras do espelho e do fantasma em três ensaios selecionados, mas que exemplificam o modus operandi da tessitura da obra. Estas notas lançam mão das interpretações de Starobinski (2018), Birchal (2007) e Scoralick (2016), que se dividem quanto à caracterização do texto e, entre estas, procuram seu lugar, ao observar as convergências e divergências.
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