OS DESAFIOS COSMOPOLITAS E AMBIENTAIS DA IDEIA DE EUROPA NA ERA DO ANTROPOCENO

Autores

  • Bruno Rego Universidade de Lisboa, Centro de Estudos Comparatistas e Universidade do Minho, Centro de Ética, Política e Sociedade

DOI:

https://doi.org/10.21814/eps.3.1.108

Palavras-chave:

Antropoceno, Ambiente, Europa, Cosmopolitismo, Cidades

Resumo

Neste artigo, tentamos mostrar como os desafios contemporâneos da crise ambiental global na era do Antropoceno nos confrontam com a necessidade urgente de reavaliação dos princípios do contratualismo clássico e de projetar uma nova ideia de Europa para o século XXI. Começamos por enfocar os princípios do que chamamos de contrato ambisocial, que considera a crise ambiental como o eixo principal de nossa condição ontológica no mundo contemporâneo, para posteriormente identificar nas seções restantes as principais questões teóricas em torno da possibilidade de uma nova ideia ambiental e cosmopolita de Europa em consonância com os nossos argumentos anteriores. Terminamos propondo as cidades como agentes políticos cosmopolitas que podem contribuir para repensar a ideia de Europa através da criação de uma cultura política cosmopolita frente às atuais encruzilhadas sociopolíticas e institucionais europeias.

Referências

Barber, B. (2013). If Mayors Ruled the World. New Haven: Yale University Press.

Beck, U. & Grande, E. (2007). Cosmopolitan Europe. Cambridge: Polity Press.

Beck, U. (2013). A Europa alemã: De Maquiavel a “Merkievel”. Estratégias de poder na crise do euro. Lisboa: Edições 70.

Beck, U. (2016). The Metamorphosis of the World. Cambridge: Polity Press.

Bloch, E. (1995). The Principle of Hope. Cambridge: The MIT Press.

Dobson, A. (2003). Citizenship and the Environment. Oxford: Oxford University Press. DOI: https://doi.org/10.1093/0199258449.001.0001

Dobson, A. (2000). Ecological Citizenship: A Disruptive Influence? In Charles Pierson & Stephen Tormey (eds.), Politics at the Edge: The PSA Yearbook 1999 (pp. 1-29). Houndmills, Basingstoke and New York: St. Martin's Press.

Hamilton, C. (2015). Getting the Anthropocene So Wrong. The Anthropocene Review, 2 (2): 1-6. DOI: https://doi.org/10.1177/2053019615584974

Jonas, H. (1995). El Principio de Responsabilidad – Ensayo de una ética para la civilización tecnológica. Barcelona: Herder.

Judt, T. (2012). Uma Grande Ilusão? – Um ensaio sobre a Europa. Lisboa: Edições 70.

Rego, B. (2016). O Caos Global da Modernidade – O Século XXI segundo Ulrich Beck. Lisboa: Esfera do Caos.

Rego, B. (2016). Do Contrato Ambio-Social a uma Antropologia da Esperança – Cidadania e Sustentabilidade na Era da Crise Ambiental. Saarbrücken: Novas Edições Académicas - OmniScriptum GmbH & Co. KG.

Ricoeur, P. (1986). Lectures on Ideology and Utopia. New York: Columbia University Press.

Downloads

Publicado

2023-09-29

Como Citar

Rego, B. . (2023). OS DESAFIOS COSMOPOLITAS E AMBIENTAIS DA IDEIA DE EUROPA NA ERA DO ANTROPOCENO. Ética, Política & Sociedade, 3, 189–201. https://doi.org/10.21814/eps.3.1.108

Edição

Secção

SPECIAL TOPIC: PHILOSOPHICAL CHALLENGES OF THE ANTHROPOCENE