Da difícil aquisição do conjuntivo versus indicativo por aprendentes portugueses e francófonos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21814/diacritica.4809

Palavras-chave:

Conjuntivo, Indicativo, Língua Estrangeira, Língua Materna, Francês, Português

Resumo

A aquisição de conteúdos gramaticais em língua estrangeira sempre se revelou uma tarefa penosa, promovendo-se, por vezes, a competência comunicativa em detrimento do uso correto da língua. A questão do conjuntivo é representativa da problemática referida, na medida em que a assimilação e a utilização deste modo é sempre um processo moroso e árduo. Sendo o português e o francês duas línguas românicas relativamente próximas, seria expectável que os alunos não manifestassem grandes dificuldades no uso do modo conjuntivo, pois os contextos em que ocorre é similar em ambos os idiomas. Contudo, a análise do discurso dos alunos revela dificuldades na seleção dos modos adequados, mesmo quando, nas suas línguas maternas, o contexto implicaria uma eleição idêntica à da língua estrangeira. Pretendemos, portanto, determinar se a problemática escolha do modo se verifica nos mesmos contextos ou se cada grupo de aprendentes evidencia dificuldades inerentes aos valores que o conjuntivo exibe na sua língua materna, apesar das semelhanças entre o francês e o português.

Referências

Abranches, C. (2009, janeiro). L’emploi du subjonctif dans les subordonnées compléments d’objet après volitifs [Comunicação]. XVI Congrès de l’Association Portugaise des Professeurs de Français (APPF), Lisboa (inédita).

Blanche-Benveniste, C., & Valli, A. (1997). L’expérience EuRom4 : comment négocier les difficultés?. Le Français dans le Monde – Recherches et Applications, Janvier 1997 numéro spécial, 110–115.

Blanche-Benveniste, C. (2000). De l’intérêt des approches contrastives. Le Français dans le Monde – Recherches et Applications, Janvier 2000 numéro spécial, 95–97.

Cadiot-Cueilleron, J., Fayssinhes, J.-P., Klotz, L., Lefebvre du Preÿ, N., & Motgolfier, J. (1992). Grammaire Cours de Civilisation française de la Sorbonne – 350 exercices, Niveau Supérieur I. Hachette F.L.E.

Charaudeau, P. (1992). Grammaire du sens et de l’expression. Hachette Éducation.

Debyser, F. (1970). La linguistique contrastive et les interférences. Langue française, 8, 31–61. DOI: https://doi.org/10.3406/lfr.1970.5527

Gaatone, D. (2003). La nature plurielle du subjonctif français. In M. Berré, A. Van Slijcke & P. Hadermann (Eds.), La syntaxe raisonnée. Mélanges de linguistique générale et française offerts à Annie Boone à l'occasion de son 60e anniversaire (pp. 57–78). De Boeck Supérieur. DOI: https://doi.org/10.3917/dbu.berre.2003.01.0057

Jamet, C. (2005). Identification de problèmes et contrastivité. Les Sciences de l’éducation – Pour l’ère nouvelle, 38/3, 95–113. https://doi.org/10.3917/lsdle.383.0095 DOI: https://doi.org/10.3917/lsdle.383.0095

Marques, R. (1995). Sobre o valor dos modos conjuntivo e indicativo em português [Dissertação de mestrado, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa]. https://www.clul.ulisboa.pt/files/rui_marques/Sobre_os_valores_dos_modos_conjuntivo_e_indicativo_em_portugus.pdf

Marques, R. (1997). Sobre a seleção de modo em orações completivas. In I. Castro (Ed.), Actas do XII Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística (Braga-Guimarães, 30 de setembro a 2 de outubro de 1996 (vol. 1, pp. 191–202). Associação Portuguesa de Linguística.

Marques, R. (2013). O Modo. In E. Buzaglo Paiva Raposo, M. F. Bacelar do Nascimento, M.A. Coelho da Mota, L. Segura & A. Mendes (Eds.), Gramática do Português (vol. 1, pp. 673–693). Fundação Calouste Gulbenkian.

Mendes, A., Antunes, S., Janssen, M., & Anabela Gonçalves. (2016). The COPLE2 Corpus: A learner corpus for Portuguese. In N. Calzolari, K. Choukri, T. Declerck, S. Goggi, M. Grobelnik, B. Maegaard, J. Mariani, H. Mazo, A. Moreno, J. Odijk, & S. Piperidis (Eds.), Proceedings of the Tenth Language Resources and Evaluation Conference – LREC’16, 23-28 May 2016 (3207–3214). European Language Resources Association (ELRA). http://www.lrec-conf.org/proceedings/lrec2016

Rihs, A. (2016). Le subjonctif comme marqueur procédural. Syntaxe et sémantique, 17, 57–73. https://doi.org/10.3917/ss.017.0057 DOI: https://doi.org/10.3917/ss.017.0057

Saint Moulin, G. (2004). Pour une démarche contrastive en classe de langue : application à la voix pronominale. In J. Greenfield (Ed.), Ensino das Línguas Estrangeiras: Estratégias Políticas e Educativas (pp. 51–68). Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Simone, R. (1997). Langues romanes de toute l’Europe, unissez-vous!. Le Français dans le Monde – Recherches et Applications, Janvier 1997 numéro spécial, 25–33.

TLFI – Trésor de la langue Française informatisé. ATILF/CNRS – Université de Lorraine. http://atilf.atilf.fr/tlf.htm

Yllera Fernández, A. (2001). Linguistique contrastive, linguistique comparée ou linguistique tout court?. In I. Uzcanga Vivar, E. Llamas Pombo & J.M. Pérez Velasco (Eds.), Presencia y renovación de la lingüistica francesa (pp. 435–446). Ediciones Universidad de Salamanca.

Downloads

Publicado

28-12-2022

Como Citar

Marques Antunes, M. H. . (2022). Da difícil aquisição do conjuntivo versus indicativo por aprendentes portugueses e francófonos. Diacrítica, 36(2), 142–158. https://doi.org/10.21814/diacritica.4809