O assassinato e a tradução considerados como duas Belas-Artes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21814/diacritica.4953

Palavras-chave:

Homicídio, Tradução, Belas-artes, Thomas de Quincey, Robert Southey, Frank Drake

Resumo

Thomas de Quincey (1785–1859), foi um escritor inglês do início do século xix e o mais provocador génio do humor que o brilhante Romantismo da sua nação ofereceu à República Universal das Letras. Em espanhol, por serem os mais populares, os seus dois pequenos livros mais escandalosos têm os seguintes títulos: Los Placeres y las Tormentas del Opio, do original de 1821 (Confessions of an English Opium Eater), e El Asesinato, Considerado Como Una de las Bellas Artes, do original de 1832 (On Murder Considered as One of the Fine Arts). Se, nas Ilhas Britânicas, o assassínio pode ser considerado uma das belas-artes, tal como a sua compatriota e sucessora Agatha Christie (1890–1976) viria a demonstrar anos mais tarde, como não utilizar a mesma metáfora para as traduções espanholas: a receção do humor e dos duplos sentidos, a crítica social, a abordagem estético-revolucionária do empreendimento livresco nas suas mãos, a manipulação das regras de tradução, das intenções e inclusive das leis da tradução, a mudança de funções, etc. Talvez seja impossível procurar um texto mais exato do que aquele que propomos para este artigo, que nos permita descobrir uma vez mais que certas traduções são, pelo menos, um produto artístico, já que, tal como não existe a tradução perfeita, conforme alguns dizem, também não existe o crime perfeito, por mais belo e macabro que seja.

Referências

Alonso-Cortés, C. D. (1981). Anatomía de Agatha Christie. Knossos.

Alvstad, C., & Assis Rosa, A. (2015). Voice in retranslation. An overview and some trends. Target, 17(1), 3–24. https://doi.org/10.1075/target.27.1.00int DOI: https://doi.org/10.1075/target.27.1.00int

Andreazza, F. (2018). Canudo et le cinéma. Nouvelles éditions Place. https://doi.org/ 10.7202/1053852ar

Anónimo. (1979). Amadís de Gaula. Novela de Caballerías, modernizada y prologada por Ángel Rosenblat (7.ª ed.). Editorial Losada. (original publicado en 1963)

Anonymous. (1803). Amadis of Gaul (R. Southey, Trad.). T. N. Longman and O. Rees.

Barriobero y Herrán, E. (ca. 1920). Prólogo. En T. De Quincey, Del asesinato, considerado como una de las bellas artes (E. Barriobero y Herrán, Trad.) (pp. 5–11). Editorial Mundo Latino.

Batteux, C. (1746). Les Beaux-Arts réduits à un même principle. De l’Imprimeire de Ch. J. B. Delspine, ed.

Canudo, R. (1995). Manifeste des sept arts. Séguier. (original publicado en 1911)

Capote, T. (1966). In cold blood: A true account of a multiple murder and its consequences. Random House.

Delacroix, E. (1999). Diccionario de las bellas artes (M. Etayo Gordejuela, Trad.). Editorial Sintesis.

De Quincey, T. (ca. 1920). El asesinato, considerado como una de las bellas artes (E. Barriobero y Herrán, Trad.). Editorial Mundo Latino.

De Quincey, T. (1906). The works of Thomas de Quincey. 1. Confessions of an English opium eater. Oxford University Press. (original publicado en 1821)

De Quincey, T. (1907). Reminiscences of the English lake poets. J. M. Dent & Sons. (original publicado en 1834–1840)

De Quincey, T. (1925). On murder considered as one of the fine arts. Philip Allan. (original publicado en 1827) DOI: https://doi.org/10.1093/oseo/instance.00238186

De Quincey, T. (2008). Del asesinato considerado como una de las bellas artes (D. Ruiz Rodríguez, Trad.). Ediciones Espuela de Plata. (original publicado en 1907)

De Quincey, T. (2022). On murder considered as one of the fine arts. Being an address made to a gentleman’s club concerning its aesthetic appreciation. Amazon Italia. (original publicado en 1827–1839) DOI: https://doi.org/10.1093/oseo/instance.00238316

Dotoli, G. (1999). Ricciotto Canudo: Ou le cinéma comme art. Didier Érudition.

Drake, F. D. (1968). Intelligent life in space. Macmillan.

Drake, F. D. (1993). Is anyone out there? Souvenir Press.

Esquerra, R. (1937). Shakespeare a Catalunya. Institució del Teatre / Generalitat de Catalunya.

Essop, A. (2002). Narcissus and other stories. Ravan Press.

García Reyes, A. (2022, junio 8). El duende de Nadal. Es uno de los elegidos por la historia para convertir el deporte en una de las bellas artes. Diario ABC, 7.

Garrido, V. (2021). True crime. La fascinación del mal. Ariel.

Gentzler, E. (2014). Translation studies: Pre-Discipline, discipline, interdiscipline, and post-discipline. International Journal of Society, Culture, and Language (IJSCL), 2(2), 13–24.

Keppler, V. (1938). The eighth art. A life of color photography. William Morrow & Co.

Mathijssen, J. W. (2007). The breach and the observance. Theatre retranslation as a strategy of artistic differentiation, with special reference to retranslations of Shakespeare’s Hamlet (1777-2001). Doctoral Thesis. University of Utrecht.

Shakespeare, W. (1908). Macbeth (D. Ruiz Rodríguez, Trad.). E. Domènech.

Toury, G. (2012). Descriptive translation studies – and beyond. John Benjamins. (original publicado en 1995) DOI: https://doi.org/10.1075/btl.4

Trabado Casado, J. M. (ed.) (2013). La narracción gráfica. Poética del noveno arte. Arco Libros.

Venuti, L. (2008). The translator’s invisibility. A history of translation. Routledge. (Original publicado en 1995)

Venuti, L. (2004). Retranslation: The creation of value. Bucknell Review, 47(1), 25–38. DOI: https://doi.org/10.1080/08956308.2004.11671660

Zarandona, J. M. (1993). De Quincey y un análisis del personaje de Henry V de William Shakespeare. Brispania, II, 143–174.

Zarandona, J. M. (1992–1994). Robert Southey: Hispanista y traductor de obras clássicas castellanas medievales. Revista de Investigación. Filología, XII(1), 7–27.

Zarandona, J. M. (2021). Argon Valley, the South African utopia of Ahmed Essop (1931–), or reflections on why the story “The pagans” will never be translated into Spanish. En V. Luarsabishvili (Ed.), Migration and society. Literature, translation, film (pp. 22–44). New Vision University Press.

Publicado

31-01-2024

Como Citar

Zarandona, J. M. (2024). O assassinato e a tradução considerados como duas Belas-Artes . Diacrítica, 37(3), 88–102. https://doi.org/10.21814/diacritica.4953