Iconicidade não pictórica nos quadrinhos

Autores

  • Francisco Ednardo Pinho dos Santos

DOI:

https://doi.org/10.21814/diacritica.152

Palavras-chave:

Semiótica, Iconicidade, Metáfora visual, Histórias em quadrinhos

Resumo

A informação visual nos quadrinhos é icônica por excelência, expressando-se por meio figurativos e não figurativos. Este artigo analisa esse segundo tipo de manifestação icônica nas histórias em quadrinhos. Para tanto, emprega alguns conceitos da semiótica de Peirce, bem como as escalas de iconicidade propostas por Moles (2005) e por Villafañe (1988), apresentando alguns exemplos de iconicidade não pictórica retirados de obras em quadrinhos contemporâneas, e conclui que explorações inovadoras do leiaute da página, por exemplo, agregam à obra camadas adicionais de sentido, instaurando metáforas visuais e constituindo signos icônicos com alto valor estilístico.

Referências

Beyruth, D. (2012) Astronauta:Magnetar. Barueri: Panini.

Busiek, K. & Ross, A. (2015). Marvels. São Paulo: Salvat.

Cardoso, J. B. F., Alves, N. J. F. & Santos, I. C. (2019). A Metáfora Visual no Relato Integrado: uma análise semiótica. Intercom –RBCC,42(2), 65–88. DOI: https://doi.org/10.1590/1809-5844201924

Eisner, W. (1989)Quadrinhos e arte sequencial.São Paulo: Martins Fontes.

Ferraz Jr., E. (2011). O conceito peirceano de metáfora e suas interpretações: limites do verbocentrismo. Estudos Semióticos, 7(2), 70–78. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2011.35252

Forceville, C. (2006). Non-verbal and multimodal metaphor in a cognitivist framework: Agendas for research. In: G. Kristiansen, M. Achard, R. Dirven, & F. Ruiz de Mendoza Ibàñez (Eds.), Cognitive Linguistics: Current Applications and Future Perspectives(pp. 379–402) Berlin/ New York: Mouton de Gruyter. DOI: https://doi.org/10.1515/9783110197761.5.379

Forceville, C. (2010). Pictorial runes in Tintin and the Picaros. Journal of Pragmatics, 43, 875–890. DOI: https://doi.org/10.1016/j.pragma.2010.07.014

Groensteen, T. (2015). O sistema dos quadrinhos.Nova Iguaçu: Marsupial.

Guimarães, E. (2013). Linguagem verbal e não verbal na malha discursiva. Bakhtiniana, 8(2), 124–135. DOI: https://doi.org/10.1590/S2176-45732013000200008

Magnussen, A.(2000).The Semiotics of C. S. Peirce as a Theoretical Framework for the Understanding of Comics. In A. Magnussen& H-C. Christiansen (Eds.),Comics and Culture: Analytical and Theoretical Approaches to Comics(pp. 193–207). Copenhagen: Museum of Tusculanum Press.

McCloud, S. (2005). Desvendando os quadrinhos. São Paulo: M Books.

Miller, F. & Mazzucchelli, D. (2014). Demolidor: a queda de Murdock. São Paulo: Salvat.

Moles, A. (2005). O cartaz.São Paulo: Perspectiva.

Morrison, G. (2015a). Homem-Animal: o Evangelho do Coiote. Barueri: Panini.

Morrison, G. (2015b). Homem-Animal: origem das espécies. Barueri: Panini,

Peirce, C. S. (2010). Semiótica. São Paulo: Perspectiva.

Pinto, F. L. R., Lima, G., & Silveira, E. L. (2014). Entre representações e fronteiras do ícone: o caso das onomatopeias em mangás japoneses. Interdisciplinar, 11(1), 241–245.

Ricoeur, P. (2015). A metáfora viva. São Paulo: Loyola.

Saussure, F de. (1976). Curso de linguística geral. São Paulo: Cultrix.

Silva, A. L. S. da(2006). O herói na forma e no conteúdo: análise textual do mangá Dragon Ball e Dragon Ball Z. (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal da Bahia, Salvador)

Veitch, R. (2016). Monstro do Pântano: regênese. Vol. 1. Barueri: Panini.

Villafañe, J. (1988). Introduccíon a la teoria da la imagem. Madrid: Pirâmide.

Waid, M. & Samnee, C. (2015). As crianças púrpura [sic]. Demolidor, 9, 3–66.

Downloads

Publicado

09-12-2020

Como Citar

dos Santos, F. E. P. . (2020). Iconicidade não pictórica nos quadrinhos. Diacrítica, 33(3), 138–152. https://doi.org/10.21814/diacritica.152