Livros proveitosos para aprender a ler, escrever e falar: um vade mecum de saúde e bem-estar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21814/diacritica.5599

Palavras-chave:

Guias de Conversação, Século XIX, Saúde e bem-estar, Nomenclaturas, Diálogos

Resumo

Investigadores de ciências humanas e sociais interessados na história do uso da linguagem em contextos sociais podem encontrar na tradição dos guias de conversação fontes válidas para estudos interdisciplinares. Destinados ao ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras, estas fontes fornecem informações empíricas sobre saberes do complexo história/sociedade/ideologia/cultura que não se encontram em gramáticas de falantes nativos. Podem, por exemplo, através de componentes dos dados conversacionais, contribuir para o conhecimento contextual da área da saúde, da sua prevenção, da terapêutica de doenças, complementando dados recolhidos a partir de dicionários. Visa-se neste trabalho focar a microestrutura discursiva do núcleo temático saúde, em Guias de Conversação do século XIX, quer através de diálogos do tipo “Informar-se sobre a saúde”, “Com o médico, cirurgião, dentista”, quer em reportórios lexicais, como “Dos acidentes, das doenças, e das cousas que lhes pertencem”, “Remédios”. Qual o potencial dos diálogos, que codificam comportamentos metalinguísticos, e das nomenclaturas relativas à saúde do corpo humano, a enfermidades e curativos, para a história e historiografia linguísticas? Analisam-se ainda os conhecimentos e contextos culturais que condicionaram tais práticas discursivas sobre a temática da saúde e bem--estar, que, se hoje mobiliza a ação dos países, no século XIX foi veículo de ideias iluministas e de princípios da teoria do Utilitarismo.

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Publicado

16-07-2024

Como Citar

Fonseca, M. C., Silva, A. A. ., Gomes, F., Marçalo, M. J., & Gonçalves, O. (2024). Livros proveitosos para aprender a ler, escrever e falar: um vade mecum de saúde e bem-estar . Diacrítica, 38(1), 101–116. https://doi.org/10.21814/diacritica.5599