Monstruosidades e biomorfismos: figurações contemporâneas do humano na literatura e nas séries televisivas

A partir da poesia de Luís Miguel Nava e da série "Black Mirror"

Autores

  • Joana Palha Universidade do Minho

DOI:

https://doi.org/10.21814/2i.2370

Palavras-chave:

Black Mirror; corpo; intermedialidade; Luís Miguel Nava; monstro.

Resumo

O artigo terá um foco duplo de leitura crítica: a produção poética do autor português contemporâneo Luís Miguel Nava, analisada a partir de um corpus constituído por duas obras específicas, O céu sob as entranhas (1989) e Vulcão (1994), obras estas que serão colocadas em diálogo, a partir de uma abordagem comparatista intermedial, com a série televisva britânica Black Mirror (2011), uma produção da provedora Zeppotron, posteriormente comprada pela afamada Netflix, escrita pelo argumentista Charlie Brooker. Esta série será por sua vez alvo de análise a partir de três episódios: “Be Right Back” (2013), “Playest” (2016) e “Black Museum” (2017). Assim, ressaltando noções teóricas centrais ao perfil dos dois campos mediáticos estudados, será explorado o tema da monstruosidade sob uma perspetiva contemporânea, dando relevo ao tópico do corpo. O trabalho visa contribuir globalmente para um entendimento dos objetos literários contemporâneos em articulação com outros produtos da cultura de massas, como os televisivos, entre os quais se tecem cada vez mais nexos intertextuais alternativos.

 

 

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Branco, S. (2019). Séries de televisão: Estética, visionamento atento e escrita crítica. Revista portuguesa da imagem em movimento. 32–40. http://aim.org.pt/ojs/index.php/revista/issue/view/20

Brooker, C. (Creator). (2011). Black Mirror [Television Series]. USA/UK: Netflix.

Burke, E. (1993). Uma investigação filosófica sobre a origem de nossas ideias do sublime e do belo. São Paulo: Papirus, UNICAMP.

Carrión, J. (2011). Teleshakespeare. Madrid: Errata Naturae.

Clüver, C. (2007). Intermediality and interarts studies. Changing borders: Contemporary positions in intermediality. 19–37.

Cortázar, J. (2019). O jogo do mundo - Rayuela. Amadora: Cavalo de Ferro.

Courtine, J. J. (2015). O corpo inumano. In A. Corbin, J. J. Courtine, & G. Vigarello (Org.), História do corpo: Da Renascença às Luzes (vol.5). S/l: Círculo de Leitores.

Echauri-Soto, G. (2016). Black Mirror, McLuhan y la era digital. Razón y palabra. 885–906.

Gil González, A. J. & Pardo, P. J. (Eds.). (2018). Adaptación 2.0. Estudios comparados sobre intermedialidad. Binges: Éditions Orbis Tertius.

Gil, J. (1994). Monstros. Lisboa: Quetzal.

Le Breton, D. (1990). Anthropologie du corps et modernité. Paris: Presses Universitaires de France.

Martelo, R. M. (2004). Aproximações ao sublime na poesia de Luís Miguel Nava. In Em parte incerta: Estudos de poesia portuguesa moderna e contemporânea (pp. 200–211). Porto: Campo das Letras.

Martínez, J. & Ortega, S. (2019). El ecosistema mediático de la ficción contemporânea: relatos, universos y propriedades intelectuales a través de los transmedia worlds. Icono, 14, 15–38.

Martínez, J. (2012). El imaginario social del control mediatico y tecnologico: La distópica Black Mirror. In C. Mateos, C. Hernández, H. Herrero, S. Toledano, A. Ardévol (Eds) IV Congreso Internacional de Comunicación Social (pp. 1–24). Canárias: Universidad de La Laguna.

Nava, L. M. (2002). Poesia completa 1979–1994. Lisboa: Dom Quixote.

_____ (1994). Vulcão. Lisboa: Quetzal.

Rajewsky, I. O. (2005). Intermediality, intertextuality, and remediation: A Literary perspective on intermediality. Intermedialités, 6, 43–64.

Roas, D. (2011). Tras los límites de lo real: Una definición de lo fantástico. Madrid: Páginas de Espuma.

Sánchez Mesa, D. & Baetens, J. (2017). La literatura en expansión: Intermedialidad y transmedialidad en el cruce entre la Literatura Comparada, los Estudios Culturales y los New Media Studies. Tropelías: Revista de Teoría de la Literatura y Literatura Comparada, 6–27. https://doi.org/10.26754/ojs_tropelias/tropelias.2017271536

Schiller, F. (1997). Textos sobre o belo, o sublime e o trágico. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda.

Sepinwall, A. (2015). The revolution was televised. New York: Touchstone.

Silvestre, O. (1997). Luís Miguel Nava ou o modernismo tardio de um discurso crítico. In Relâmpago, 1, 125–143.

Vasconcelos, R. (2009). Campo de relâmpagos: Leituras do excesso na poesia de Luís Miguel Nava. Lisboa: Assírio e Alvim.

Downloads

Publicado

2020-06-29

Como Citar

Palha, J. (2020). Monstruosidades e biomorfismos: figurações contemporâneas do humano na literatura e nas séries televisivas: A partir da poesia de Luís Miguel Nava e da série "Black Mirror". Revista 2i: Estudos De Identidade E Intermedialidade, 2(1), 91–101. https://doi.org/10.21814/2i.2370