Artifex Ex-Machina

Autores

  • Renato Roque FLUP

DOI:

https://doi.org/10.21814/2i.3427

Palavras-chave:

Arte;, Computador, Fotografia, Máquina de Turing (MdT)

Resumo

A fotografia desempenhou no século XIX um papel crucial nas rupturas das práticas artísticas, em particular na pintura, tendo sido fundamental no aparecimento e desenvolvimento daquilo a que chamamos modernismo, ou, talvez melhor, modernismos, pela multiplicidade de propostas que caracterizará a primeira metade do século XX. Voltou a ser central no rompimento conceptualista das décadas de 60/70. E a fotografia parece poder estar a desempenhar novamente um papel relevante na emergência de novas formas de prática artística, que poderemos designar como arte computacional, o que pode sugerir algumas novas interrogações. Poderão computadores criar literatura, obras de arte? Fotografar? Este artigo pretende discutir algumas destas questões, tomando como ponto de partida um conhecido artigo de Alan Turing e dois projectos fotográficos contemporâneos: Arquivo de Babel do autor e Orogenesis do fotógrafo catalão Joan Fontcuberta.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Barthes, R. (1980). La Chambre Claire. Paris: Gallimard.

Batchen, G. (2005). Photography by The Numbers. Landscapes Without Memory. Aperture, 9–13.

Baudelaire, Ch. (2014). Salon 1859. Create Space Independent Publishing Platform.

Borges, J. L. (2000). A Biblioteca de Babel. In Ficções (pp. 50–57.) Lisboa: Teorema.

Cantor, G. (2010). Contributions to the Founding of the Theory of Transfinite Numbers. Dover Books.

Fontcuberta, J. (1997). El Beso de Judas – Fotografía y Verdad. Editorial Gustavo Gili.

_____ (2001). Securitas. Editorial Gustavo Gili.

_____ (2005). Landscapes Without Memory. Aperture.

_____ (2011). Por un manifiesto posfotográfico. Cultura|s, 2–9.

_____ (2013). La Cámara de Pandora. Editorial Gustavo Gili.

Freund, G. (1980). Photography and Society. Publisher David R. Godine.

Hertzmann, A. (2018). Can Computers Create Art? MDPI Licensee. Consultado em https://arxiv.org/pdf/1801.04486.pdf.

Le Gray, G. (2016). Seascapes. Schirmer Mosel.

Loebner, H. (1991). Loebner Prize. Consultado em http://www.thocp.net/reference/artificial_intelligence/LoebnerPrize%20Home%20Page.htm.

Lyotard, J.-F. (1984). The Sublime and the Avant-Garde. Artforum, Abril 1984. Consultado em https://www.artforum.com/print/198404/the-sublime-and-the-avant-garde-32533.

Mandelbrot, B. (1977). The Fractal Geometry of Nature. Macmillan Publishers.

Roque, R. (2009). Espelhos Matriciais. Porto: FEUP.

Roque, R. (2010) Arquivo de Babel. ESE.

Sugimoto, H. (2015). Seascapes. Damiani.

Turing, A. (1950, October). Computing Machinery and Intelligence. Mind. Oxford Press, LIX(236), 433–446. Consultado em https://academic.oup.com/mind/article/LIX/236/433/986238.

Weitz, M. (1956). The Role of Theory in Aesthetics. The Journal of Aesthetics and Art Criticism. Wiley Library, 15(1), 27–35. Consultado em https://www.jstor.org/stable/i217754.

Wittgenstein, L. (1953). Philosophical Investigations. Basic Blackwell. Consultado em https://static1.squarespace.com/static/54889e73e4b0a2c1f9891289/t/564b61a4e4b04eca59c4d232/1447780772744/Ludwig.Wittgenstein.-.Philosophical.Investigations.pdf.

Downloads

Publicado

2021-12-31

Como Citar

Roque, R. (2021). Artifex Ex-Machina. Revista 2i: Estudos De Identidade E Intermedialidade, 3(4), 145–166. https://doi.org/10.21814/2i.3427