O impacto do feedback explícito no desenvolvimento da produção oral em espanhol como língua estrangeira na educação a distância

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21814/diacritica.4801

Palavras-chave:

Produção Oral, Educação a Distância, Feedback

Resumo

Este estudo investiga o tratamento dado à produção oral (PO) em um curso de Licenciatura em Letras Espanhol a distância e analisa se a realização de tarefas de PO contribui para o desenvolvimento dessa habilidade em relação à pronúncia, acurácia gramatical e fluência de aprendizes de espanhol como língua estrangeira (LE) na educação a distância (EaD), avaliando também o impacto de duas formas de feedback no desenvolvimento da produção oral desses alunos em duas coletas (uma de dois semestres e uma de um). Com esses objetivos, foram analisados o ambiente virtual de aprendizagem dos alunos e o material didático usado, aplicados questionários com os 42 alunos e as duas docentes participantes. Para avaliar o desenvolvimento da PO dos alunos, os dividimos em três grupos: experimental, experimental+ e controle. Os do grupo controle realizaram um pré e um pós-teste e não receberam feedback sobre suas produções. Os grupos experimentais realizaram o pré–teste, 3 tarefas de PO e o pós-teste e receberam feedback, sendo o do grupo experimental+ mais explicativo em relação ao experimental. Os resultados mostram que as práticas de PO são preteridas nas disciplinas e que houve um aumento estatisticamente significativo da medida de pronúncia dos grupos experimentais, ao final de dois semestres, o que não foi constatado com relação ao desenvolvimento das demais variáveis analisadas nas duas coletas. Conclui-se dos resultados que a produção oral dos aprendizes de espanhol da EaD é mais beneficiada pela realização de tarefas e pelo feedback mais sucinto recebido a longo prazo. 

Referências

Aretio, L. G., Corbella, M. R., & Figaredo, D. D. (2007). De la educación a distancia a la educación virtual. Editora Ariel.

Arnold, J., Julián, C. (2015). Facilitando la expresión oral y la interacción en la clase de español como L2. MarcoELE, 21, 62–75.

Bailini, S. (2020a). El feedback interactivo y la adquisición del español como lengua extranjera. Mimesis.

Bailini, S. (2020b). El feedback como herramienta didáctica para el desarrollo de la autonomía en la adquisición de lenguas extranjeras. Philologia Hispalensis, 34, 25–39. https://doi.org/10.12795/PH.2020.v34.i01.02 DOI: https://doi.org/10.12795/PH.2020.v34.i01.02

Baralo, M. (2000). El desarrollo de la expresión oral en el aula de E/LE. Carabela, 47, 5–36.

Bárkányi, Z. (2021). Motivation, self-efficacy beliefs, and speaking anxiety in language MOOCs. ReCALL, 33(2), 143–160. https://doi.org/10.1017/S0958344021000033 DOI: https://doi.org/10.1017/S0958344021000033

Behar, P. A. (Org.). (2013). Competências em educação a distância. Penso.

Bergsleithner, J. M. (2007). Working memory capacity, noticing, and L2 speech production [Tese de doutoramento, Universidade Federal de Santa Catarina]. Repositório Institucional UFSC. http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/90089

Bosch, M. (1996). Autonomia i aprenentatge de llengües. Graó.

Cardoso, A. C. S. (2011). Feedback em contextos de ensino-aprendizagem on-line. Linguagens e Diálogos, 2, 17–34.

Chela Flores, B. (2017). Optimización de la enseñanza de la pronunciación del español como lengua extranjera. Lenguas Modernas, 31, 41–58. DOI: https://doi.org/10.4324/9781315713441-5

Dlaska, A., & Krekeler, C. (2013). The short-term effects of individual corrective feedback on L2 pronunciation. System, 41, 25–37. https://doi.org/10.1016/j.system.2013.01.005 DOI: https://doi.org/10.1016/j.system.2013.01.005

Dehaene, S. (2020). How we learn: why brains learn better than any machine...for now. Penguin Random House.

Ellis, R., Loewen, S., & Erlam, R. (2006). Implicit and explicit corrective feedback and the acquisition of L2 grammar. Studies in Second Language Acquisition, 28, 339–368. https://doi.org/10.1017/S0272263106060141 DOI: https://doi.org/10.1017/S0272263106060141

Ellis, R. (2009). The Differential Effects of Three Types of Task Planning on the Fluency, Complexity, and Accuracy in L2 Oral Production. Applied Linguistics, 30(4), 474–509. https://doi.org/10.1093/applin/amp042 DOI: https://doi.org/10.1093/applin/amp042

Falcão, C. A. (2009). Ensino de pronúncia no curso de espanhol do núcleo de línguas da UECE: diagnóstico e proposta didática [Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual do Ceará]. Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. https://siduece.uece.br/ siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=55735

Fernández, J. G. (2007). Fonética para profesores de español: de la teoría a la práctica. Arco/Libros.

Fernández, S. S. (2022) Feedback interactivo y producción escrita en la enseñanza del español LE/L2, Journal of Spanish Language Teaching, 9(1), 35–51. https://doi.org/10.1080/ 23247797.2022.2055302 DOI: https://doi.org/10.1080/23247797.2022.2055302

Gass, S. (1997). Input, interaction, and the second language learner. Routledge. https://doi.org/ 10.4324/9781315173252

Gass, S. (1988). Integrating research areas: a framework for second language studies. Applied Linguistics, 9, 198–217. https://doi.org/10.1093/applin/9.2.198 DOI: https://doi.org/10.1093/applin/9.2.198

Griffin, K. (2005). Linguística Aplicada a la enseñanza del español como 2/L. Arco/Libros.

Guerrero, A. I. (2007). ¿Qué es la pronunciación? Revista Electrónica de Didáctica ELE, 9.

Hulstijn, J. (2001). Intentional and incidental second language vocabulary learning: a reappraisal of elaboration, rehearsal and automaticity. In P. Robinson (Ed.), Cognition and second language instruction (pp. 258–286). Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/ CBO9781139524780.011 DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9781139524780.011

Iwashita, N., Mcnamara, T., & Elder, C. (2001). Can we predict task difficulty in an oral proficiency test? Exploring the potential of an information processing approach to task design. Language Learning, 51, 401–436. https://doi.org/10.1111/0023-8333.00160 DOI: https://doi.org/10.1111/0023-8333.00160

Leffa, V. J. (2003). Análise automática da resposta do aluno em ambiente virtual. Revista Brasileira de Lingüística Aplicada, 3(2), 25–40. https://doi.org/10.1590/S1984-63982003000200002 DOI: https://doi.org/10.1590/S1984-63982003000200002

Leontaridi, E. (2008). Sacando el as de la manga a la hora de hablar: el componente lúdico en la clase de E/LE. In J. Martí Contreras (Coord.), Actas del II Congreso Internacional de Lengua, Literatura y Cultura de E/LE: Teoría y practica docente (pp. 183–202).

Lightbown, P. M. (2014). Focus on content-based language teaching. Oxford University Press.

Long, M. (1996). The role of the linguistic environment in second language acquisition. In W. Ritchie & T. K. Batia (Orgs.), Handbook of second language acquisition (pp. 413–468). Academic Press. DOI: https://doi.org/10.1016/B978-012589042-7/50015-3

Moore, M., & Kearsley, G. (2011). Educação a distância: uma visão integrada. Cengage Learning.

Olivé, D. P. (1999). Fonética para aprender español: pronunciación. Edinumem.

Paiva, V.L.M.O. (2003). Feedback em ambiente virtual. In V. Leffa (Org.), Interação na aprendizagem das línguas (pp. 219–254). EDUCAT.

Pereira, P. S. L. A. (2015). A produção oral de inglês como LE em uma escola pública de Natal: uma experiência com a abordagem baseada em tarefas [Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Norte]. Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20905

Preuss, E. O. (2015). Habilidade oral em L2: da cognição à interação. Revista Horizontes de Linguistica Aplicada, 13(2), 167–186. https://doi.org/10.26512/rhla.v13i2.1370 DOI: https://doi.org/10.26512/rhla.v13i2.1370

Rahimpour, M., & Hazar, F. (2007). Topic familiarity effect on accuracy, complexity, and fluency of L2 oral output. The Journal of Asia TEFL, 4(4), 191–21.

Sales, J. T. L. (2004). Alunos, professor e computador, o que une esse trio?. Revista Virtual de Estudos da Linguagem, 2(2).

Schmidt, R., & Frota, S. (1986). Developing basic conversational ability in a second language: a case study of an adult learner of Portuguese. In R. Day (Ed.), Talking to learn: conversation in second language acquisition (pp. 237–369). HarperCollins Publishers Ltd.

Shute, V. J. (2007). Focus on formative feedback. ETS Research Reports. DOI: https://doi.org/10.1002/j.2333-8504.2007.tb02053.x

Skehan, P. A. (1998). A cognitive approach to language learning. Oxford University Press. DOI: https://doi.org/10.1177/003368829802900209

Skehan, P. (1996). Second language acquisition research and task based nstruction. In J. Willis & D. Willis (Eds.), Challenge and change in language teaching (pp. 17–30). Heinemann.

Skehan, P., & Foster, P. (1996). The influence of planning and task type on second language performance. Studies in Second Language Acquisition, 18(3), 299–323. https://doi.org/10.1017/S0272263100015047 DOI: https://doi.org/10.1017/S0272263100015047

Skehan, P., & Foster, P. (1999). The influence of task structure and processing conditions on narrative retellings. Language Learning, 49, 93–120. https://doi.org/10.1111/1467-9922.00071 DOI: https://doi.org/10.1111/1467-9922.00071

Sousa, L. A. (2014). A ferramenta VoiceThread em uma abordagem híbrida: o desenvolvimento da produção oral e da habilidade de noticing na aprendizagem de ingles como L2 [Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Norte]. Repositório Institucional UFRN. https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/16329

Spada, N. (1997). Form-focused instruction and second language acquisition: a review of classroom and laboratory research. Language Teaching, 30(2), 73–87. https://doi.org/10.1017/S0261444800012799 DOI: https://doi.org/10.1017/S0261444800012799

Swain, M. (1993). The Output Hypothesis: just speaking and writing aren’t enough. The Canadian Modern Language Review, 50, 158–164. https://doi.org/10.3138/cmlr.50.1.158 DOI: https://doi.org/10.3138/cmlr.50.1.158

Swain, M. (1985). Communicative competence: some roles of comprehensible input and comprehensible output in its development. In S. Gass & C. Madden (Eds.), Input in second language acquisition (pp. 235–253). Newbury House.

VanPatten, B. (1990). Attending to Form and Content in the Input: An Experiment in Consciousness. Studies in Second Language Acquisition, 12(3), 287–301. https://doi.org/10.1017/S0272263100009177 DOI: https://doi.org/10.1017/S0272263100009177

Verduin. J. R., & Clark, T. A. (1991). Distance education: the foundations of effective practice. Jossey-Bass Publishers.

Ypsilands, G. S. (2002). Feedback in distance education. Computer Assisted Language Learning, 15(2), 167–181. https://doi.org/10.1076/call.15.2.167.8191 DOI: https://doi.org/10.1076/call.15.2.167.8191

Weissheimer, J. (2007). Working memory capacity and the development of L2 speech production: an exploratory study [Tese de doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina]. Repositório Institucional UFSC. http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/90795

White, L. (1990). Implications of learnability theories for second language learning and teaching. In M. A. K. Halliday, J. Gibbons & H. Nicholas (Eds), Learning, keeping, and using language. John Benjamins. https://doi.org/10.1075/z.lkul1.20whi DOI: https://doi.org/10.1075/z.lkul1.20whi

Downloads

Publicado

28-12-2022

Como Citar

Aguiar Falcão, C., & Weissheimer, J. (2022). O impacto do feedback explícito no desenvolvimento da produção oral em espanhol como língua estrangeira na educação a distância. Diacrítica, 36(2), 30–50. https://doi.org/10.21814/diacritica.4801