Roland Barthes e o rumor da língua no Oriente

Autores

  • Laura Taddei Brandini

DOI:

https://doi.org/10.21814/diacritica.462

Palavras-chave:

Roland Barthes, Oriente, China, Linguagem

Resumo

A proposta deste artigo é examinar um aspecto pouco estudado da obra do escritor francês Roland Barthes, a saber, suas relações com o Oriente, do ponto de vista de suas reflexões sobre a linguagem literária oriundas de suas experiências nos países do Magrebe, no Japão e na China. Para tal, examinaremos as noções de incidente e de signo vazio, criadas, respetivamente, com base em suas experiências no Marrocos e no Japão, para, em seguida, privilegiarmos as reflexões de Barthes incitadas pela China, país para onde viajou posteriormente. Do confronto entre duas conceções diferentes de Oriente, uma cunhada a partir de suas experiências no Marrocos e no Japão e a outra, a partir da China, emerge uma reflexão sobre a essência da linguagem, sob a forma do “rumor da língua”.

Referências

Antonioni, M. (Dir.). (1972). Chung Kuo, Cina [Documentário]. Roma: RAI.

Barthes, R. (1970). Literatura e significação. In id., Crítica e verdade (Trad. Leyla Perrone-Moisés) (pp.165–184). São Paulo: Perspectiva.

Barthes, R. (2002). Rencontre avec Roland Barthes. In É. Morty (Ed.), OEuvres complètes (vol. 5, pp. 735–743). Paris: Seuil.

Barthes, R. (2004a). Incidentes (M. Laranjeira, Trad.). São Paulo: Martins Fontes.

Barthes, R. (2004b). F.B. In id., O Rumor da língua (Trad. Mario Laranjeira) (pp.282–297). São Paulo: Martins Fontes. (2.ª ed.)

Barthes, R. (2004c). Pierre Loti: “Aziyadé”. In id., O Grau zero da escrita seguido de Novos Ensaios críticos (M. Laranjeira, Trad.) (pp.205–225). São Paulo: Martins Fontes. (2.ª ed.)

Barthes, R. (2004d). O Rumor da língua. In id., O Rumor da língua (M. Laranjeira, Trad.) (pp.93–97). São Paulo: Martins Fontes. (2.ª ed.)

Barthes, R. (2005a). E então, a China? In L. Perrone-Moisés (Org.), Inéditos, volume 4: Política (I. C. Benedetti, Trad.) (pp.182–190). São Paulo: Martins Fontes.

Barthes, R. (2005b). A Preparação do romance I – Da vida à obra. Notas de cursos e seminários no Collège de France, 1978–1979 (L. Perrone-Moisés, Trad.). São Paulo: Martins Fontes.

Barthes, R. (2005c). A Preparação do romance II – A Obra como vontade. Notas de curso no Collège de France, 1979–1980 (L. Perrone-Moisés, Trad.). São Paulo: Martins Fontes.

Barthes, R. (2005d). Caro Antonioni…. In L. Perrone-Moisés (Org.), Inéditos, volume 3: Imagem e Moda (Trad. Ivone Castilho Benedetti) (pp.240–249). São Paulo: Martins Fontes.

Barthes, R. (2007). O Império dos signos (L. Perrone-Moisés, Trad.). São Paulo: WMF Martins Fontes.

Barthes, R. (2012). Cadernos da viagem à China (I. C. Benedetti, Trad.). São Paulo: WMF Martins Fontes.

Boulaâbi, R., & Coste, C. (2015). Barthes et le monde arabe: un malentendu ? Revue Roland Barthes, 2. Consultado em http://www.roland-barthes.org/article_coste_boulaâbi.html

Freud, S. (1933). L’inquiétante étrangeté. (Trad. M. Bonaparte & E. Marty). In id., Essais de psychanalyse appliquée (pp.163–211). Paris: Gallimard.

Herschberg-Pierrot, A. (2017). L’écriture des Carnets du voyage en Chine. In J-P. Bertrand (Dir.), Roland Barthes: Continuités (pp. 579–606). Paris: Christian Bourgois Éditeur.

Pinguet, M. (1982). Le texte Japon. Critique, 38(425), 758–766.

Said, E. (2015). Orientalismo. O Oriente como invenção do Ocidente. (R. Eichenberg, Trad.). São Paulo: Companhia das Letras.

En Chine (1974). Tel Quel, 59. Paris: Tel Quel.

Wahl, F. (1974a, junho 15). La Chine sans utopie. I. Pi Lin Pi Kong. Le Monde, pp. 1 e 7.

Wahl, F. (1974b, junho 17). La Chine sans utopie. II. Tien An Men ou de l’explication avec le modèle soviétique. Le Monde, p. 4.

Wahl, F. (1974c, junho 18). La Chine sans utopie. III. Staline, ou l’ennemi principal, c’est le révisionnisme. Le Monde, p. 6.

Wahl, F. (1974d, junho 19). La Chine sans utopie. IV. Révolution culturelle ou occidentalisation? Le Monde, p. 8.

Downloads

Publicado

14-12-2020

Como Citar

Brandini, L. T. (2020). Roland Barthes e o rumor da língua no Oriente. Diacrítica, 34(3), 222–234. https://doi.org/10.21814/diacritica.462

Edição

Secção

Artigos Temáticos