O registo da auto-imagem na contemporaneidade
Do auto-retrato pintado à 'selfie'. Gesto. Tempo. Sentimento
DOI:
https://doi.org/10.21814/2i.2033Palavras-chave:
imagem, auto-retrato, selfie, auto-representação, narcisismo, mediumResumo
Num tempo global em que os artistas há muito deixaram de se fixar apenas nas formas e nos media tradicionais, designadamente no âmbito da Pintura e da Escultura, com recurso aos mais diversos materiais e mecanismos, incluindo a deslocação de objectos de uso quotidiano para o espaço da comunicação artística – as feiras de arte, as bienais e as galerias têm preferência sobre o museu - priorizando a atracção de públicos, através de meios como a fotografia, o vídeo, as instalações ou a performance, a par de uma cultura do acontecimento afastada de preocupações de carácter identitário, onde impera a banalização de atitudes acríticas, e em que cada vez mais se sente a ausência de regras para definir uma obra de arte, importará reflectir sobre as ligações que podem ser estabelecidas entre a auto-imagem pintada e a auto-imagem apresentada na selfie.
Downloads
Referências
Almeida, B. P. (2016). Arte portuguesa no século XX: Uma história crítica. Matosinhos: Cardume Editores.
______ (2018). Arte e infinitude: O contemporâneo entre a arkhé e o tecnológico. Lisboa: Serralves/ Relógio D’Água.
Barthes, R. (2008). A câmara clara [1980, ed. original]. Lisboa: Edições 70.
Benjamin, W. (2012). A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica e Pequena história da Fotografia. In Sobre arte, técnica, linguagem e política (pp.59–95 e pp.97–113). Lisboa: Relógio D’Água Editores.
Boisson, Th. (2019). L’utilisation d’internet modifie notre cerveau et nos interactions avec le monde. Quantum Experience, en partenariat avec Cerveau Science & Conscience, 16, 13–14.
Bonafoux, P. (2004). L’autoportrait au XXe siècle: Moi je, par soi-même. Paris: Diane de Sellier éditeur.
Clair, J. (2008). Autoportrait au visage absent: Écrits sur l’art 1981–2007. Paris: Gallimard.
De Maison Rouge, I., Prévost, J.-M. & Salem, L. (1997). L’art contemporain. Toulouse: Éditions Milan.
Didi-Huberman, G. (2011). O que nós vemos, o que nos olha. Lisboa: Dafne Editora.
Eltchaninoff, M. (2014). Faut-il s’aimer soi-même? Philosophie Magazine, 80, 44–45.
Fontanier, J.-M. (2005). Le vocabulaire latin de la philosophie. Paris: elipses édition.
Gobry, I. (2000). Le vocabulaire grec de la philosophie. Paris: elipses édition.
Guégan, S., Madeline, L. & Schlesser, Th. (2009). L’autoportrait dans l’histoire de l’art: De Rembrandt à Warhol. Paris: Beaux Arts Éditions/TTM Éditions.
Harrison, Ch. & Wood, P. (Eds). (2010). Art in theory 1900–2000: An anthology of changing ideas. Oxford: Blackwell Publishing.
Lacroix, A. (2014), Perdre sa vie à contempler son profil Facebook? Philosophie Magazine, 80, 49–50.
Lalande, A. (1996). Vocabulaire technique et critique de la Philosophie (18.ª ed.). Paris: PUF.
Morfaux, L.-M. & Lefranc J. (2005). Dicionário da Filosofia e das Ciências Humanas. Lisboa: Instituto Piaget.
Pacheco, M. E. V. (2018). O auto-retrato na pintura portuguesa. Lisboa: Caleidoscópio.
Pontévia, J.-M. (2001). Tout peintre se peint soi-même — «Ogni dipintori dipinge sè». Bordeaux: William Blake & Co. Edit.
Rabardel, P. (1995). Les Hommes et les technologies: Approche cognitive des instruments contemporains. Paris: Armand Colin.
Rosenblum, N. (1997). A world history of Photography. New York, London, Paris: Abbeville Press Publishers.
Vanoye, F. (2011) (Coord. cient.). Dicionário de Imagem [2008, ed. franc.]. Lisboa: Edições 70.