O retrato em ruínas e o corpo que nos olha

Autores

  • Filomena Serra Universidade Nova de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.21814/2i.2434

Palavras-chave:

retrato; corpo; pintura; Olympia; Santa Rita Pintor; Manet.

Resumo

Este artigo discute a pintura Olympia de Édouard Manet e a cópia pintada por Guilherme de Santa-Rita, apresentada na exposição da Academia de Belas-Artes, inaugurada em 18 de Março de 1911, entendendo que esse trabalho deve ocupar um lugar significativo na historiografia da arte em Portugal, sobretudo para a história do modernismo português nas artes plásticas. O artigo destaca a recepção dessa cópia apresentada naquela exposição, precisamente no dia anterior à Exposição Livre de 1911.

A Olympia de Santa-Rita, hoje lamentavelmente esquecida, questionou a pintura e o género do retrato em Portugal, a sua relação com o corpo logo no início do século, quando não toda a hipocrisia de uma sociedade. Relembrá-la é fundamental para a história da arte do retrato em Portugal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Agamben, G. (2009). Nudez. Lisboa: Relógio d’Água.

Almeida, B. P. (1996). O Plano de imagem, espaço da representação e lugar do espectador. Lisboa: Assírio & Alvim.

_____ (2013). Do corpo à carne: Apontamentos de um trajecto. In J. Gil & A. Godinho (coords.), II Encontros de Estética: Que corpo na arte. Lisboa: FCSH/Nova e Instituto Francês de Portugal.

Bataille, G. (1955). Manet. New York: Albert Skira.

Didi-Huberman, G. (1991, verão). Le visage et la terre. Art Studio (Le Portrait Contemporain), (21).

França, J.-A. (1974). História da arte em Portugal no século XX (1911–1961). Lisboa: Livraria Bertrand.

_____ (1990). História da arte em Portugal no século XIX (vol. II). Lisboa: Livraria Bertrand.

_____ (1991). O modernismo na arte portuguesa. Lisboa: ICALP.

Figueiredo, J. (1901). Portugal na Exposição de Paris. Lisboa: Livraria Moderna.

[Figueiredo, J.]. (1911, março 25). Bellas Artes. Uma exposição interessante. Trabalhos dos alumnos da Academia de Bellas-Artes — Francisco e Henrique Franco — A exposição Ruivo e as cópias de Campas. República.

Freitas, E. (1913, março 1). O Cubismo nacional. Guilherme de Santa-Rita. Teatro, p. 4.

Fried, M. (1994, autumn). Between realisms: from Derrida to Manet. Critical Inquiry, 21 (1), 1–36.

Jouannais, J.-Y. (2009). Artistes sans oeuvres I would prefer not to. Paris: Editions Gallimard.

Lucie-Smith, E. (1993). Sexuality in Western art [1971]. London: Thames and Hudson.

M., H. [Mendonça, Higino de]. (1911, março 25). Artistas e ateliers. Exposição de pintura — Trabalhos dos alunos da Escola de Bellas Artes. Novidades.

Macedo, D. (1953, novembro). Notas de Arte. Revivendo. Ocidente, XLV (187).

Negreiros, J. A. (1965). Orpheu 1915–1965. Lisboa: Edições Ática.

Portugal Futurista [1917] (1990). Lisboa: Contexto.

Reff, T. (1976). Manet: Olympia. London: Allen Lane Penguin Books Ltd.

Downloads

Publicado

2019-12-31

Como Citar

Serra, F. (2019). O retrato em ruínas e o corpo que nos olha. Revista 2i: Estudos De Identidade E Intermedialidade, 1(Especial), 53–65. https://doi.org/10.21814/2i.2434