Écfrase Relacional

Uma proposta de categorização a partir da leitura de "Não há lugar para a lógica em Kassel", de Enrique-Vila-Matas

Autores

  • Thais Kuperman Lancman Universidade Presbiteriana Mackenzie

DOI:

https://doi.org/10.21814/2i.2653

Palavras-chave:

écfrase, intermedialidade, estética relacional

Resumo

As transformações na esfera das artes visuais, com a absorção de discursos e suportes que as tornaram um espaço permeável a quase toda e qualquer prática levam também a uma renovação do aparato teórico que as acompanham. Dessa forma, propomos, neste artigo que também a écfrase, quando se debruça sobre novas maneiras de se fazer arte, sofrem mudanças. A partir de "Não Há Lugar Para a Lógica em Kassel", romance de Enrique Vila-Matas no qual a écfrase ocupa lugar central como procedimento narrativo, pensamos na écfrase relacional enquanto categoria possível e exemplar para um olhar sobre o texto ecfrástico diante das novas práticas artísticas. Nesse caso, o foco é na produção voltada à estética relacional, de Nicolas Bourriaud, como caso paradigmático. A partir dessa categoria, é possível pensar em desobramentos e outras leituras.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BISHOP, C. (2012). Antagonismo e estética relacional. Revista Tatuí, n. 12. Consultado em: http://www.revistatatui.com.br/wp/wp-content/uploads/2011/10/revista-tatui-12.pdf

BOURRIAUD, N. (2009). Estética relacional (trad. Denise Bottman, Trad.). São Paulo: Martins Fontes.

CAUQUELIN, A. (2005). Arte contemporânea: Uma introdução (trad. Rejane Janowitzer). São Paulo: Martins Fontes.

DANTO, A. C. (2010). A transfiguração do lugar-comum: Uma filosofia da arte (trad. Vera Pereira). São Paulo: Cosac Naify

DUPUIS, D. (2019). Pedro Reyes. Consutado em: https://frieze.com/article/pedro-reyes.

HEFFERNAN, J. A. W. (2004). Museum of words: The poetics of ekphrasis from Homer to Ashbery. Chicago: Univ. of Chicago Press.

KATALOG (2012). 3/3: DOCUMENTA (13) KATALOG 3.3. Berlim: Harje Cantz verlag

RANCIÈRE, J. (2005). A partilha do sensível: Estética e política (trad. Monica Costa Netto). São Paulo: Editora 34.

RANCIÈRE, J. (2012). O espectador emancipado (trad. Ivone Benedetti). São Paulo: Martins Fontes.

ROBILLARD, V. K. (1998). In Pursuit of Ekphrasis: An Intertextual Approach. Amsterdam: VU University Press.

STALLABRASS, J. (2006). Contemporary art: A very short introduction. Oxônia: Oxford University Press.

VIEIRA, M. de P. (2016). Dimensões da Écfrase: A presença da pintura e da arquitetura em romances de artista (Tese de doutorado). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais.

VILA-MATAS, E. (2015). Não há lugar para a lógica em Kassel (trad. Antônio Xerxenesky). São Paulo: Cosac Naify.

Downloads

Publicado

2021-05-04 — Atualizado em 2020-12-03

Versões

Como Citar

Lancman, T. K. (2020). Écfrase Relacional: Uma proposta de categorização a partir da leitura de "Não há lugar para a lógica em Kassel", de Enrique-Vila-Matas. Revista 2i: Estudos De Identidade E Intermedialidade, 2(2), 221–235. https://doi.org/10.21814/2i.2653 (Original work published 4 de Maio de 2021)