Écfrase Relacional
Uma proposta de categorização a partir da leitura de "Não há lugar para a lógica em Kassel", de Enrique-Vila-Matas
DOI:
https://doi.org/10.21814/2i.2653Palavras-chave:
écfrase, intermedialidade, estética relacionalResumo
As transformações na esfera das artes visuais, com a absorção de discursos e suportes que as tornaram um espaço permeável a quase toda e qualquer prática levam também a uma renovação do aparato teórico que as acompanham. Dessa forma, propomos, neste artigo que também a écfrase, quando se debruça sobre novas maneiras de se fazer arte, sofrem mudanças. A partir de "Não Há Lugar Para a Lógica em Kassel", romance de Enrique Vila-Matas no qual a écfrase ocupa lugar central como procedimento narrativo, pensamos na écfrase relacional enquanto categoria possível e exemplar para um olhar sobre o texto ecfrástico diante das novas práticas artísticas. Nesse caso, o foco é na produção voltada à estética relacional, de Nicolas Bourriaud, como caso paradigmático. A partir dessa categoria, é possível pensar em desobramentos e outras leituras.
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Referências
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- 2020-12-03 (3)
- 2021-05-04 (2)
- 2021-05-04 (1)
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