As janelas discretas de Alexandre O'Neill

Autores

  • Joana Matos Frias Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.21814/2i.3474

Palavras-chave:

Alexandre O’Neill, Irene Buarque, poesia, fotografia, arquitectura, janela, estilo tardio

Resumo

Quadros, quadrinhos e desenquadros, fotografias de janelas, persianas e defenes­trados: em 1981, o livro de Alexandre O’Neill As Horas já de Núme­ros Vestidas reúne uma sequência de composições que parecem querer dar res­pos­ta aos ver­sos anteriores de A Saca de Orelhas “Onde começa um poema? / (…) // No espaço quadrado da folha de papel? / (…) // Ou no espaço redondo em que te moves?”. Nesse conjunto, a série escrita “para fotografias de Irene Buarque” cumpre uma evidente função de regência que requer a devida iluminação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Barthes, R. (1957). Mythologies. Paris: Seuil.

_____ (1998). A Câmara Clara. Lisboa: Edições 70.

Baudelaire, C. (1968). Œuvres Complètes. Paris: Seuil.

Benn, G. (1971). Artists and old age. In Primal Vision: Selected Writings. New York: New Directions.

Bom, L. (2006). Alexandre O’Neill, Prosas de um Poeta: Proposta de edição crítica, vol. I. Lisboa: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova.

Campino, S. L. (2011). O Experimentalismo na Obra de Alexandre O’Neill. Lisboa: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova.

Goffman, E. (1986 [1974]). Frame Analysis: An Essay on the organization of experience, pref. Bennett M. Berger. Boston: Northeastern University Press.

Lopes, Ó. (1993). Cesário e O’Neill. In Cesário Verde: Comemorações do Centenário da Morte do Poeta. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Lungo, A. (2014). La Fenêtre: Sémiologie et histoire de la représentation littéraire. Paris: Seuil.

Martinho, F. J. B. (1987, Maio). Alexandre O’Neill e Pessoa. Colóquio/Letras, 97. Lisboa: Fund. Calouste Gulbenkian.

Meirim, J. (2014). Literatura e posteridade: Jorge de Sena e Alexandre O’Neill. Tese de Doutoramento em Teoria da Literatura. Lisboa: Faculdade de Letras.

_____ (2018, Maio). O’Neill e o soneto. Colóquio/Letras, 198. Lisboa: Fund. Calouste Gulbenkian.

Mitchell, W. J. T. (2012). Image X Text. Introd. a The Future of Text and Image: Collected Essays on Literary and Visual Conjunctures, ed. Ofra Amihay e Lauren Walsh. Newcastle: Cambridge Scholars Publishing.

O’Neill, A. (1985). Uma Coisa em Forma de Assim. Lisboa: Assírio & Alvim.

_____ (2000). Poesias Completas, introd. Miguel Tamen. Lisboa: Assírio & Alvim.

_____ (2008). Já cá não Está quem Falou, ed. Maria Antónia Oliveira e Fernando Cabral Martins. Lisboa: Assírio & Alvim.

Pignatari, D. (1995). Da não-janela à não-janela. Apres. de Luís Antônio Jorge, O Desenho da Janela. São Paulo: Annablume.

Rilke, R. M. (1997). Œuvres Poétiques et Théâtrales. Paris: Gallimard.

_____ (2009). As Janelas, seguidas de Poemas em Prosa Franceses, ed. bilingue. Belo Horizonte: Crisálida.

Rosa, A. R. (1986, Setembro). Alexandre O'Neill ou a dialéctica do sonho e do real. Colóquio/Letras, 93. Lisboa: Fund. Calouste Gulbenkian.

Said, E. W. (2006, July 16th). On late style. The New York Times. https://www.nytimes.com/2006/07/16/books/chapters/0716 1st said.html

_____ (2007). On Late Style: Music and Literature against the Grain. Nova Iorque: Vintage Books.

Sontag, S. (1977). In Plato’s cave. In On Photography. Nova Iorque: Farrar, Straus & Giroux.

Starobinski, J. (2016). La beauté du monde: La Littérature et les Arts. Paris: Gallimard.

Tamen, M. (2000). A poesia. Introd. a O’Neill, Alexandre, Poesias Completas.

Downloads

Publicado

2021-12-31

Como Citar

Frias, J. M. (2021). As janelas discretas de Alexandre O’Neill. Revista 2i: Estudos De Identidade E Intermedialidade, 3(4), 77–90. https://doi.org/10.21814/2i.3474