Esta é uma versão desatualizada publicada em 2022-06-17. Consulte a versão mais recente.

Literatura e comunicação

Aproximações mediáticas

Autores

  • Cristine Mattos Universidade Presbiteriana Mackenzie

DOI:

https://doi.org/10.21814/2i.3775

Palavras-chave:

Midialidade; Intermidialidade; Crítica Literária; Teoria Literária.

Resumo

Nos últimos dois séculos, a comunicação humana alterou-se em ritmo exponencial. A literatura, como uma das expressões humanas mais relevantes na história de tantas culturas, transformou-se também ao ritmo das mudanças na comunicação. Contudo, devido a históricas compartimentalizações do saber, que situaram os estudos literários e os estudos sobre comunicação em áreas e departamentos organizacionais separados, a ligação entre os fundamentos téoricos inerentes a eles ainda não foi suficientemente pesquisada. Apesar dos trabalhos analítico-comparativos proporcionados pelo recente empuxo conceitual das relações intermidiáticas, as bases teóricas que alicerçam o fazer científico nos campos literário e comunicacional seguem carentes de maior aproximação. No intuito de superar essa lacuna, este trabalho se propõe a uma aproximação inicial por meio dos processos de midiação, enfocados de maneira diversa em tais campos de estudos. Estando teoria, crítica e prática literárias intrinsecamente ligadas, parte da carência de trabalhos desse teor deve-se também à falta de abordagens curriculares que considerem a incidência de mudanças na literatura atual, correlacionadas às transformações midiáticas ocorridas nos últimos tempos. Assim, embora este trabalho não se proponha a análises pontuais, procederá a breves pontuações analíticas como forma de exemplificação e aplicação de insumos teóricos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Agar, M. e Hobbs, J. (1981). Text Plans and World Plans in Natural Discourse. In Proceedings, International Joint Conference on Artificial Intelligence (pp. 190-196). Vancouver: University of British Columbia.

Auerbach, E. (1976). Mimesis: a representação da realidade na literatura ocidental. São Paulo: Perspectiva.

Burke, P. e Briggs, A. (2006). Uma história social da mídia: de Gutemberg à Internet (trad. Maria Carmelita Pádua Dias – 2ª ed.). Rio de Janeiro: Zahar.

Cabo Aseguinolaza, F. e Rábade Villar, M.C. (2006). Manual de Teoría de la Literatura. Madrid: Editorial Castalia.

Cachin, M. F.; Cooper-Richet, D.; Mollier, J. Y. e PARFAIT, C. (2007). Au bonheur du feuilleton. Paris: Creaphis.

Candido, A. (2000). Formação da literatura brasileira. Vol 1. Belo Horizonte: Itatiaia [9ª ed.]

_____ (2006). Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul.

Carvalhal, T. F. (1994). Teorias em Literatura Comparada. Revista Brasileira de Literatura Comparada, Salvador, 2(2), 9-17.

Chartier, R. (1999). A aventura do livro: do leitor ao navegador (trad. Reginaldo de Moraes). São Paulo: Unesp.

Chartier, R. e Cavallo, G. (1998). Introdução. In Chartier, R. e Cavallo, G. (orgs.). História da leitura no mundo ocidental (trad.Fúlvia Moretto, Guacira Machado e José Antônio Soares) (pp. 5-40). São Paulo: Ática.

Clüver, Claus. (2011). Intermidialidade. Pós: Revista do Programa de Pós-Graduação em Artes da Escola de Belas Artes da UFMG, 1(2), 8-23.

Compagnon, A. (1999). O demônio da teoria (trad. Cleonice Paes Barreto Mourão). Belo Horizonte: Ed. UFMG.

Debray, R. (2001). Introducción a la mediología (trad. Nuria Pujol i Valls). Buenos Aires: Paidós.

Elleström, L. (2017). Midialidade: ensaios sobre comunicação, semiótica e intermidialidade. (Organização A. C. Munari et al. / Tradução de Rafael Eisinger Guimarães et al.). Porto Alegre: EdiPUCRS.

_____ (2021). As modalidades das mídias II: Um modelo expandido para compreender as relações intermidiais (trad. Beatriz Alves Cerveira, Júlia de Oliveira Rodrigues e Juliana de Oliveira Schaidhauer). Porto Alegre: EdiPUCRS.

Flüsser, V. (2010). A escrita: há futuro para a escrita? (trad. Murilo Jardelino da Costa). São Paulo: Annablume.

Jenkins, H. (2009). Cultura da convergência (trad. Susana Alexandria. 2ª ed.). São Paulo: Aleph.

Kattenbelt, C. (2008) Intermediality in Theatre and Performance: Definitions, Perceptions and Medial Relationships. Cultura, lenguaje y representación (Revista de Estudios Culturales de la Universitat Jaume I), 6, 19-29.

Lajolo, M. (2002). O romance epistolar: o voyerismo e a sedução dos leitores. Matraga, 1(14), 61-75.

Mcluhan, M. (1972). A galáxia de Gutemberg: a formação do homem tipográfico (trad. Leônidas Gontijo de Carvalho e Anísio Teixeira). São Paulo: Editora Nacional / Editora da USP.

_____ (1974). Os meios de comunicação como extensões do homem (trad. Décio Pignatari. 4ª ed.). São Paulo: Cultrix.

Mahlknecht, J. (2012). The Hollywood Novelization: Film as Literature or Literature as Film Promotion?. Poetics Today, 2(33), 137-186.

Rajewsky, I. (2012). Intermidialidade, intertextualidade e remediação. In Diniz, T. e Vieira, A. (Org.), Intermidialidade e estudos interartes: desafios da arte contemporânea (pp. 15-45). Belo Horizonte: Editora UFMG.

Rocha, L. C. A. (1999). A nominalização no português do Brasil. Revista de Estudos da Linguagem, 8(1), 5-51.

Ryan, M. L. (1991). Possible Worlds, Artificial lntelligence, and Narrative Theory. Indianapolis: Indiana University Press.

Santaella, L. (2003). Cultura e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus.

Siméon, S. (2017) Efeitos de presença: estratégias do filme-teatro?. Revista Brasileira de Estudos da Presenca, 7(3), 573-600.

Souza, R. A. (2011a). Crítica literária: seu percurso e seu papel na atualidade. Floema, 7(8), 29-38.

_____ (2011b). Os estudos literários: fim(ns) e princípio(s). Itinerário, 33, 15-38.

Trizotti, P. T. (2016). Ao pé da página: o espaço tipográfico do folhetim na imprensa paulistana (1851–1946). Tese de Doutoramento em História – Universidade Estadual Paulista, Assis, Faculdade de Ciências e Letras.

Downloads

Publicado

2022-06-17

Versões

Como Citar

Cristine Mattos. (2022). Literatura e comunicação: Aproximações mediáticas. Revista 2i: Estudos De Identidade E Intermedialidade, 4(5), 29–46. https://doi.org/10.21814/2i.3775