Comparação económica e ambiental entre a reabilitação do Palácio Condes de Murça e uma construção nova equivalente

Autores

  • J. Ferreira Instituto Superior Técnico, Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura e Georrecursos, Secção de Construção, Av. Rovisco Pais, 1049-001 Lisboa, Portugal
  • M.D. Pinheiro Instituto Superior Técnico, Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura e Georrecursos, Secção de Construção, Av. Rovisco Pais, 1049-001 Lisboa, Portugal
  • J. Brito Instituto Superior Técnico, Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura e Georrecursos, Secção de Construção, Av. Rovisco Pais, 1049-001 Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.21814/ecum.4184

Resumo

Na maioria dos países desenvolvidos, dos quais fazem parte os países da União Europeia, verifica-se a existência de um excedente de edifícios, cuja maioria necessita de obras urgentes de reabilitação e reforço. No que diz respeito ao reforço sísmico, tais exigências são ainda mais prioritárias em países que se localizem em zonas de sismicidade elevada, como é o caso de Portugal. No entanto, a solução para este problema pode não passar obrigatoriamente por uma reabilitação. Uma demolição seguida de uma reconstrução também respeita tais exigências e também contribui para uma renovação do parque construído. Assim, através da teoria do ciclo de vida, este trabalho procura perceber se a reabilitação é mais sustentável ambiental e economicamente do que uma construção nova equivalente, edificada sob as mesmas condicionantes. Numa primeira abordagem, recorre-se a uma
comparação teórica de vários estudos de avaliação do ciclo de vida realizados internacionalmente para edifícios reabilitados e para edifícios novos. Posteriormente, procede-se a uma avaliação do ciclo de vida de uma reabilitação real de um antigo palácio de Lisboa, que é comparada com uma demolição hipotética seguida de uma reconstrução integral em betão armado, obra que se
realizaria no mesmo local sob as mesmas condicionantes. Como conclusões, verifica-se que ambientalmente a reabilitação aparenta ser mais benéfica do que a construção nova equivalente, embora no caso avaliado os ganhos não sejam tão positivos quanto seria expectável, devido à utilização massiva da estrutura metálica e do betão projectado na obra de reabilitação. Por fim, a avaliação
económica permitiu concluir que a reabilitação é mais cara do que a construção nova equivalente, o que reforça a necessidade de desenvolvimento de soluções mais viáveis economicamente, mecanismos financeiros e de um estudo económico e ambiental integrado, durante uma acção de tomada de decisão.

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Publicado

2022-10-10

Como Citar

J. Ferreira, M.D. Pinheiro, & J. Brito. (2022). Comparação económica e ambiental entre a reabilitação do Palácio Condes de Murça e uma construção nova equivalente . Engenharia Civil UM, (58), 14–30. https://doi.org/10.21814/ecum.4184

Edição

Secção

Artigos