Esta Sou Eu

Corp‘a’habitar por Maria Gabriela Llansol & Helena Almeida

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21814/2i.5839

Palavras-chave:

práxis artística, fabulação de si, corp‘a’habitar

Resumo

O artigo propõe uma análise da autorrepresentação e dos processos de (des)subjetivação instituídos na práxis artística a partir da correspondência entre o trabalho literário de Maria Gabriela Llansol [O livro das comunidades, Lisboaleipzig e Contos do mal errante] e as fotoperformances de Helena Almeida [Desenho Habitado, Ouve-me, e Lavada em Lágrimas]. Para tanto, vamos utilizar os conceitos de devir-mulher, rizoma e desterritorialização a partir de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Importa-nos observar as possíveis conexões ético-estéticas que as conduzem a pensar a produção crítica do trabalho intimamente associada à fabulação de si. Vamos conceder especial atenção à práxis (artística e literária) como dispositivo que orienta os elementos responsáveis pela produção de subjetividade e às presentificações corporais como autoficção. Por fim, pretendemos salientar que a reflexão sobre si torna-se fundamental para o devir na obra de arte.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

Angélica Adverse, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais com estágio de pesquisa (doutorado sanduíche) pela Universidade Paris I - Sorbonne (2016). Pós-doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Minas Gerais (2018-2020). Mestrado em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (2011). Bacharel em Desenho pela EBA/UFMG. Especialista em Filosofia pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (2000). É Professora Adjunta da Escola de Belas Artes - Universidade Federal de Minas Gerais. Atua como professora colaboradora no Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu em Arte e como professora colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Design da Universidade do Estado de Minas Gerais. No âmbito da arte, desenvolve trabalhos propondo diálogos transdisciplinares por meio de livros de artista, vestuário, têxteis, desenho, aquarela e fotografia. Pesquisa de tendências em moda e estilo, delineando as expressões da arte e das culturas urbanas. Publicou os seguintes livros: Moda Moderna Medida do Tempo: O futurismo Italiano e a Estética do Efêmero (2012) São Paulo: Estação das Letras & Cores; Imagens São Espelhos (2013) Belo Horizonte: ed. do Autor. Em 1996, Recebeu o Prêmio Smirnoff International Fashion Awards, Toronto (prêmio internacional para revelação de jovens talentos da moda). Igualmente premiada pela editora Abril em 2001, com o trabalho intitulado Meninas a Bico de Pena (no qual pesquisou a presença da moda na obra de Clarice Lispector). Em 2017, recebeu os seguintes prêmios: o Prêmio CAPES de Tese na área de Artes/Música e o Prêmio UFMG de Teses na área de concentração Arte, ambos concedidos pela pesquisa de doutoramento Devemos Ser Uma Obra de Arte ou Vestir Uma: o dandismo como médium-de-reflexão na arte, defendida em 2016 (o trabalho estabelece uma relação entre a genealogia do artista moderno e o Dandismo). Atualmente propõe, como enfoque de pesquisa, uma reflexão filosófica sobre estética e cotidiano permeando a moda, a arte, o design, a literatura, o cinema e a arquitetura. Tem Experiência na área de arte e moda, com ênfase em filosofia da arte, estética e teoria crítica da imagem.

Referências

Barthes, R. (1975). Roland Barthes por Roland Barthes. Trad. Jorge Pereira, Isabel Gonçalves. Lisboa: Edições 70.

Barrento, J. (2007). Um berço de perguntas: Amar um cão I. In Branco, L.; Andrade, V., Livro de Asas para Maria Gabriela Llansol. Belo Horizonte: UFMG. (pp.19-34)

Carlos, I. (2023). Helena Almeida: Fotografia habitada. São Paulo: Instituto Moreira Sales.

Dias, S. (1995). A lógica do acontecimento. Porto: Edições Afrontamento.

Deleuze, G., F. Guattari (2011). Mil platôs 1. Trad. Ana Lúcia de Oliveira, Aurélio Guerra Neto, Célia Pinto Costa. 2.ª ed. São Paulo: Editora 34.

Deleuze, G., F. Guattari (2017). Mil platôs 4. Trad. Suely Rolnik. 2.ª ed. São Paulo: Editora 34.

Didi-Huberman, G. (2016). Que emoção! Que emoção? Trad. Suely Rolnik. 1.ª ed. São Paulo: Editora 34.

Foucault, M. (1994a). La Technologie Politique des Individus. In Dit et écrits (1954-1988) (pp.813-828). Paris : Gallimard.

Foucault, M. (1994b). Les Techniques de Soi. In Dit et écrits (1954 -1988) (pp.783-813). Paris: Gallimard.

Glissant, E. (2021). Poética da relação. Trad. Marcela Vieira e Eduardo Jorge de Oliveira. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo.

Llansol, M. G. (2018). Carta aberta de Maria Gabriela Llansol a Eduardo Prado Coelho. Belo Horizonte: Cas’a’screver.

Llansol, M. G. (2014). O livro das comunidades. Geografia de rebeldes I. Rio de Janeiro: 7 Letras.

Llansol, M. G. (2004). Contos do mal errante. Lisboa: Assírio Alvim.

Llansol, M. G. (1994). Lisboaleipzig 1. O encontro inesperado do diverso. Lisboa: Rolim.

Lopes, S. (2014). Comunidades da exceção. In O livro das comunidades. Geografia de rebeldes I. (pp. 77-88). Rio de Janeiro: 7 Letras.

Noronha, J. (2014). Ensaios sobre a autoficção. Belo Horizonte: Editora UFMG.

Paula, J. (2016). Corp’P’oema Llansol. Belo Horizonte: Cas’a’screver.

Ponty, M. (1999). O visível e o invisível. Trad. José Gianotti e Armando d’Oliveira. São Paulo: Perspectiva.

Downloads

Publicado

2024-12-30

Como Citar

Adverse, A. (2024). Esta Sou Eu: Corp‘a’habitar por Maria Gabriela Llansol & Helena Almeida. Revista 2i: Estudos De Identidade E Intermedialidade, 6(10), 15–30. https://doi.org/10.21814/2i.5839