As práticas de conexão com a natureza como caminhos para o autocuidado e o bem-estar dos profissionais de saúde no Estado de São Paulo, Brasil

Autores

  • Fernando César de Souza Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein

DOI:

https://doi.org/10.21814/2i.6687

Palavras-chave:

áreas verdes, narrativas de bem-estar, práticas integrativas, banho de floresta

Resumo

O artigo analisa como, perante os impactos da urbanização intensa, cresce a procura por espaços verdes como prática de presença e vitalidade. O foco recai na formação humanizada de profissionais de saúde em São Paulo, Brasil, a partir das suas narrativas e experiências na natureza. Para mitigar o estresse crónico e a ansiedade próprios da vida citadina, têm sido oferecidas práticas de autocuidado, como as imersões guiadas em parques públicos municipais, conhecidas como Banhos de Floresta. Realizadas em três cidades paulistas entre 2023 e 2025, estas experiências favorecem a reconexão com a natureza e reforçam a compreensão de que corpo humano e ambiente integram um mesmo ecossistema, estreitando os laços entre saúde humana e ambiental (Canguilhem, 2009). Evidências sugerem que a autorregulação do bem-estar e do autocuidado, numa abordagem integrativa (Lima, 2023), contribui para a melhoria da saúde planetária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ausubel, D. P. (1976). Educational psychology: A cognitive view. Rinehart and Winston. https://psycnet.apa.org/record/1968-35017-000

Beck, U. (2010). A sociedade de risco: Rumo a uma outra modernidade. Editora 34.

Canguilhem, G. (2009). O normal e o patológico. Forense Universitária. Tradução Maria T. R. C. Barrocas.https://app.uff.br/slab/uploads/GeorgesCanguilhemONormaleoPatologico.pdf

Capra, F; Luisi, P. L. (2014). The Systems View of Life: A Unifying Vision. Cambridge University Press.

Ceccim, R. B., & Feuerwerker, L. C. M. (2004). O quadrilátero da formação para a área da saúde: Ensino, gestão, atenção e controle social. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 14(1), 41–65. https://www.scielo.br/j/physis/a/GtNSGFwY4hzh9G9cGgDjqMp/?format=pdf&lang=pt

Cousteau, J. Y. (1954). O Mundo do Silêncio. Tradução de Paulo Rónai. Editora Nova Fronteira.

De Castro, E. V. (2002). A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. Cosac Naify.

Descola, P. (2016). Além da Natureza e Cultura. Tradução de André Telles. Cosac Naify

Forest Therapy Hub. (2022). Guide manual – Forest bathing methodology. FTHub. https://foresttherapyhub.com/

Freire, P. (1987). Pedagogia do oprimido. Paz e Terra. https://pibid.unespar.edu.br/noticias/paulo-freire-1970-pedagogia-do-oprimido.pdf/view

Guzmán, C. A. F. (2021). A framework to guide planetary health education. The Lancet. https://www.thelancet.com/journals/lanplh/article/PIIS2542-5196(21)00110-8/fulltext

Holdrege, C. (2005). O ser vivo e seu meio: Para uma nova compreensão da natureza. Editora Antroposófica.

Holdrege, C. (2023). Pensamento vivo: as plantas como mestras. Tradução F Vidal. Editora Bambual.

Leopold, A. (1949). Sand County Almanac: And Sketches Here and There. Oxford University Press.

Leopold, A. (2013). Thinking like a plant: A living science for life. Great Barrington: Lindisfarne Books, SteinerBooks. Anthroposophic Press.

Le Breton, D. (2011). Antropologia do corpo e modernidade. Vozes. https://www.scielo.br/j/csp/a/VVnC8MPvLysRnXzbwWwPRZP/?format=html&lang=pt

Le Breton, D. (2013). Experiência e sentido do corpo. Loyola.

Lima, P.T. R. (2023). Bases da Medicina Integrativa. 3ª edição. Editora Manole.

Li, Q. (2018). A arte japonesa de mergulhar na floresta. Editora Sextante.

Louv, R. (2008). Last Child in the Woods: Saving Our Children from Nature-Deficit Disorder. Algonquin Books.

Mauss, M. (2003). As técnicas do corpo. In Sociologia e antropologia (pp. 399–422). Cosac Naify. [Obra original publicada em 1934]

Miyazaki, Y. (2018). Shinrin-yoku A terapia japonesa dos banhos de floresta que melhora a sua saúde e bem-estar. Editora Albatroz.

Mitchell, D. (2004) Atlas de Nuvens. Tradução de Cássia Zanon. 1. ed. Companhia das Letras.

Morin, E. (2000). Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução de Roldão Claudino de Moura. 1. ed. Cortez.

Morin, E. (2001). A cabeça bem-feita: Repensar a reforma, reformar o pensamento. Bertrand.

Morin, E. (2006). O método 1: A natureza da natureza. Sulina.

National Oceanic and Atmospheric Administration. (2023). Global climate report – Annual 2023. https://www.noaa.gov/climate

Organização Mundial da Saúde (OMS). (2022). One Health. https://www.who.int/health-topics/one-health

Organização Mundial da Saúde – OMS. (2013) Estratégia da OMS sobre medicina tradicional 2014–2023. Organização Mundial da Saúde. https://www.who.int/publications/i/item/9789241506096?utm_source=chatgpt.com

Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura - FAO; Organização Mundial da Saúde Animal - OIE; Organização Mundial da Saúde – OMS (2010). A colaboração FAO-OIE-OMS: uma nota conceitual. OMS. https://www.who.int/publications/m/item/the-fao-oie-who-collaboration?utm_source=chatgpt.com

Paula Júnior, D. C., Pereira, K. C. & Torres, V. S. (2020). Caracterização do Parque Ecológico Municipal Anthero dos Santos e da avifauna associada – Guaratinguetá–SP. Unisanta BioScience, 9(1), 1–9.

Weil, A. (2022). What Is Integrative Medicine? https://www.drweil.com/health-wellness/balanced-living/meet-dr-weil/what-is-integrative-medicine/?utm_source=chatgpt.com

Whitmee, S., Haines, A., Beyrer, C., Boltz, F., Capon, A. G., de Souza Dias, B. F.,Yach, D. (2015). Safeguarding human health in the Anthropocene epoch: Report of the Rockefeller Foundation–Lancet Commission on planetary health. The Lancet, 386(10007), 1973–2028. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(15)60901-1

Downloads

Publicado

2025-12-08

Como Citar

de Souza, F. C. (2025). As práticas de conexão com a natureza como caminhos para o autocuidado e o bem-estar dos profissionais de saúde no Estado de São Paulo, Brasil. Revista 2i: Estudos De Identidade E Intermedialidade, 7(12), 57–73. https://doi.org/10.21814/2i.6687