'Feedback para que te quero?' Estudo sobre o Feedback direto e indireto em tarefas de escrita

Autores

  • Liliana Gonçalves Universidade de Macau, República Popular da China
  • Carlos Filipe Guimarães Figueiredo Universidade de Macau, República Popular da China
  • Júlio Reis Jatobá Universidade de Macau, República Popular da China

DOI:

https://doi.org/10.21814/diacritica.444

Palavras-chave:

Tarefas de escrita, Feedback, Desenvolvimento do português língua-cultura, Aprendentes chineses

Resumo

As mais recentes propostas didático-pedagógicas consideram ser fundamental fornecer algum tipo de resposta aos trabalhos escritos dos estudantes (Hyland 2003; Sheen 2010), não só para que os aprendentes desenvolvam as suas capacidades de escrita, mas também para que melhorem a própria proficiência na língua-cultura. Neste sentido, o presente artigo apresentará, primeiramente, os diferentes tipos de resposta que podem ser dados aos estudantes, nomeadamente o feedback escritodo professor, o encontro (face a face) professor-aluno(s) e o feedback dos colegas (Hyland 2003; Liu & Hansen 2002). Em seguida, analisaremos trabalhos escritos realizados pelos nossos aprendentes de nível B1, concentrando a nossa atenção no feedback escrito do professor com o intuito de entendermos se o mesmo tem algum impacto no melhoramento dos textos dos aprendentes e qual será o feedback escrito mais eficaz para atingir esse objetivo. De entre as conclusões a que nos foi possível chegar, ressalta-se uma evidente melhoria dos textos dos aprendentes depois de concluída a fase de reescrita da tarefa em questão. Concluímos também que, para os níveis intermédios, o feedback escrito múltiplo ou misto é o que pode ser mais eficaz na correção e/ou reescrita.

Referências

Agar, M. (1994). Language shock: Understanding the culture of conversation. (1st ed.) New York, United States of America: William Morrow & Company.

Baralo, M. (1999). La adquisición del español como lengua extranjera. Madrid, Spain: Arco/Libro SL.

Bitchener, J., & Ferris, D. R. (2012). Written corrective feedback in second language acquisition and writing. (1st ed.) New York, United States of America: Routledge. DOI: https://doi.org/10.4324/9780203832400

Corder, S. P. (1967). The significance of learner’s errors. IRAL-International Review of Applied Linguistics in Language Teaching, 5(1-4), 161-170. DOI: https://doi.org/10.1515/iral.1967.5.1-4.161

Ellis, R. (2010). Epilogue: A framework for investigating oral and written corrective feedback. Studies in Second Language Acquisition, 32(2), 335-349. DOI: https://doi.org/10.1017/S0272263109990544

Ellis, R., Loewen, S., & Erlam, R. (2009). Implicit and explicit corrective feedback and the acquisition of L2 grammar. Studies in Second Language Acquisition, 28(2), 339-368. doi:10.1017/S0272263106060141. DOI: https://doi.org/10.1017/S0272263106060141

Conselho da Europa. (2001). Quadro europeu comum de referência para as línguas - aprendizagem, ensino, avaliação. (Trans.) M. J. P. do Rosário & N. V. Soares. Porto, Portugal: Edições Asa.

Fantini, A. E. (1997). New ways in teaching culture. Virginia, United States of America: TESOL Publications.

Fernández, M. S. L. (1997). Interlengua y análisis de errores: en el aprendizaje del español como lengua extranjera. Madrid, Spain: Edelsa Grupo Didascalia.

Ferris, D. (2003). Responding to writing. In B. Kroll (Ed.), Exploring the dynamics of second language writing (pp. 119-140). New York, United States of America: Cambridge University Press. doi:10.1017/CBO9781139524810.010 DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9781139524810.010

Ferris, D. (2011). Treatment of error in second language student writing (2nd ed.). Ann Arbor, United States of America: University of Michigan Press. DOI: https://doi.org/10.3998/mpub.2173290

Gargallo, I. S. (1993). Análisis contrastivo, análisis de errores e interlengua en el marco de la lingüística contrastiva. Madrid, Spain: Síntesis.

Gonçalves, L. (2011). A formação da interlíngua dos aprendentes chineses: aprendizagem do uso do pretérito imperfeito versus pretérito perfeito simples do indicativo (Master's thesis, Universidade do Porto). Available at: http://aleph.letras.up.pt/F?func=find-b&find_code=SYS&request=000210507.

Gonçalves, L. (2016). Uma abordagem intercultural ao ensino do Português na China continental. (Doutoramento thesis, Universidade do Porto). Available at: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/89010/2/168431.pdf.

Grosso, M. J. (2007). O discurso metodológico do ensino de português em Macau a falantes de língua materna chinesa. Macau, People's Republic of China: Editora Universidade de Macau.

História Trágica com Final Feliz. (2005). In R. Pessoa (Producer). Portugal, Canada, France: Arte France.

Hyland, F., Nicolás-Conesa, F. & Cerezo, L. (2016). Key issues of debate about feedback on writing. In R. M. Manchón & P. K. Matsuda (Eds.), Handbook of Second and Foreign Language Writing (pp. 433-452). Berlin, Germany: De Gruyter. DOI: https://doi.org/10.1515/9781614511335-023

Hyland, K. (2003). Second Language Writing. Cambridge, England: Cambridge University Press. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511667251

Liu, H. N. (2018). Estudo sobre a correlação entre ansiedade e aprendizagem de língua portuguesa por estudantes chineses (Master's thesis, Universidade de Macau).

Liu, J. & Hansen, J. G. (2002). Peer response in second language writing classrooms. Ann Arbor: University of Michigan Press. DOI: https://doi.org/10.3998/mpub.8952

Lopes, J. & Silva, H. (2012). 50 Técnicas de avaliação formativa. Porto/Lisboa, Portugal: Edições Lidel.

Manchón, R. (2011). Situating the learning-to-write and writing-to-learn dimensions of L2 writing. In R. Manchón (Ed.), Learning-to-write and writing-to-learn in an additional language (pp. 3-14). Amsterdam, Netherlands: John Benjamins Publishing Company. DOI: https://doi.org/10.1075/lllt.31.03man

Norrish, J. (1983). Language learners and their errors. London, England: Macmillan.

Nunan, D. (2004). Task-Based Language Teaching. Cambridge, England: Cambridge University Press. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511667336

Polio, C. & Friedman, D. A. (2017). Understanding, evaluating, and conducting second language writing research. New York, United States: Routledge. DOI: https://doi.org/10.4324/9781315747293

Ruiz, E. D. (2010). Como corrigir redações na escola. São Paulo, Brazil: Contexto.

Sheen, Y. (2010). Introduction: The role of oral and written corrective feedback in SLA. Studies in Second Language Acquisition, 32(2), 169-179. DOI: https://doi.org/10.1017/S0272263109990489

Storch, N. & Aldosari, A. (2012). Pairing learners in pair work activity. Language Teaching Research, 17(1), 31-48. DOI: https://doi.org/10.1177/1362168812457530

Storch, N. & Wigglesworth, G. (2010). Learners’ processing, uptake, and retention of corrective feedback on writing. Studies in Second Language Acquisition, 32(2), 303-334. DOI: https://doi.org/10.1017/S0272263109990532

Vásquez, G. (1999). ¿Errores? ¡Sin falta! Madrid, Spain: Edelsa.

Wigglesworth, G. & Storch, N. (2012). Feedback and writing development through collaboration: A socio-cultural approach. In R. Manchón (Ed.), L2 writing development: Multiple perspectives (pp. 69-100). Berlin, Germany: De Gruyter. DOI: https://doi.org/10.1515/9781934078303.69

Zhang, F. F. (2017). Avaliação de desempenho e reescrita como oportunidades de aprendizagem da escrita em português por alunos chineses (Tese de Doutoramento, UFRGS). Available at: http://hdl.handle.net/10183/170384.

Downloads

Publicado

03-07-2019

Como Citar

Gonçalves, L., Figueiredo, C. F. G., & Jatobá, J. R. (2019). ’Feedback para que te quero?’ Estudo sobre o Feedback direto e indireto em tarefas de escrita. Diacrítica, 32(2), 315–343. https://doi.org/10.21814/diacritica.444