Uma Expedição ao Pantanal e os registros poéticos em científicos de Guimarães Rosa e Hilgard Sternberg Rastros, Presença, Ambiência e Paisagem
DOI:
https://doi.org/10.21814/diacritica.4908Palavras-chave:
João Guimarães Rosa, Hilgard Sternberg, Paisagem, Rastros, Ambiência, Expedição científica, Expedição artísticaResumo
O artigo discute metodologias científicas e artísticas, para fins literários e geográficos, adotados pelo escritor João Guimarães Rosa e pelo geógrafo Hilgard Sternberg durante uma expedição na qual ambos participaram, rumo ao Pantanal, em 1947. A expedição, que teria a finalidade de mapear a área para onde seria realocada a Capital Federal brasileira, está escassamente arquivada e a viagem pouco aparece nas biografias e cronologias do escritor e do geógrafo. Reúno neste artigo um discurso de Guimarães Rosa realizado na ocasião de sua posse na Sociedade Brasileira de Geógrafos (SBG), e a "As listas de fatos a observar nos trabalhos geográficos de campo" do professor geógrafo Hilgard Sternberg. Abordagens sobre a prática de estudo de campo, sua relação com geografia, poesia e paisagem, presentes nos documentos, serão confrontadas com ideias de ambiência, a partir da compreensão de Stimmung de Hans Ulricht Gumbrech e com a compreensão de presença de Martin Seel. Os registros decorrentes das práticas de campo, presentes em cadernos de campo e esboços, serão aproximados da ideia de palavra encarnada - uma espécie de escrita permeada de rastro, através das quais podemos vislumbr os corpos, gestos, ambiências e paisagens particulares de uma situação de deslocamento e viagem.
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