Retratos, paisagens, botões: O percurso artístico de Sarah Affonso (1899–1983)
DOI:
https://doi.org/10.21814/diacritica.607Palavras-chave:
Modernismo, Pintura, Artesanato, Encomenda, Mulher artistaResumo
Neste ensaio, interpreto o percurso artístico de Sarah Affonso à luz do seu contexto sociopolítico com o fim de entender melhor a sua opção de deixar a pintura em fins da década de 1930. As diferentes fases da sua carreira mudam conforme as várias fases da cultura política do seu país e estas fases talvez sejam ainda mais evidentes na obra de Sarah Affonso pelo facto de ser uma mulher artista. A actividade pública desta artista começou durante a segunda década da República e passou a ganhar novas dimensões sob o Estado Novo. Embora a produção artística de Sarah Affonso não reflicta explicitamente esta mudança de regime e a nova política cultural que condicionou os estilos e gostos da época a partir da década de 1930, é importante reconhecer, ao mesmo tempo, que, com a mudança de regime, impunham-se novas medidas que limitavam a liberdade e os direitos da mulher portuguesa.
Referências
Barreto, V. (2019). Fotobiografia. In Museu Nacional de Arte Contemporânea (Ed.), Sarah Affonso. Os dias das pequenas coisas (pp. 173–211). Lisboa: Tinta da China.
Conde, I. (2013). Encontro com Sarah Affonso. In R. H. Silva & S. Leandro (Eds.), Mulheres pintoras em Portugal (pp. 129–161). Lisboa: Esfera do Caos.
Ferreira, E. (2019). Apresentação: Um encontro de vontades. In Museu Nacional de Arte Contemporânea (Ed.), Sarah Affonso. Os dias das pequenas coisas (pp. 10–12). Lisboa: Tinta da China.
Ferreira, E. (2006). Da deliciosa fragilidade feminina. Margens e Confluências, 11/12, 143–157.
Negreiros, M. J. A. (1982). Conversas com Sarah Affonso. Lisboa: Arcádia.
Oliveira, M. I. R. (2006). Sarah Affonso – Um universo singular no modernismo português (Dissertação de mestrado, Universidade Aberta).
Pimentel, I. F. (2001). História das organizações femininas do Estado Novo. Lisboa: Temas & Debates.
Silveira, M. A. (2019). Entrei na pintura por emoção. In Museu Nacional de Arte Contemporânea (Ed.), Sarah Affonso. Os dias das pequenas coisas (pp. 73–93). Lisboa: Tinta da China.
Vasconcelos, A., & Medeiros, A. (2019). Minho no coração. O sentido antigo das coisas. In Museu Nacional de Arte Contemporânea (Ed.) Sarah Affonso. Os dias das pequenas coisas (pp. 57–71). Lisboa: Tinta da China.
Vasconcelos, A. (2019). Naquela altura ninguém pintava assim [Catálogo da Exposição Sarah Affonso e a Arte Popular do Minho]. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Verheij, G. (2012, Julho). Sarah Affonso. Consultado em https://gulbenkian.pt/museu/ artist/sarah-affonso/.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2023 Ellen W. Sapega
Este trabalho encontra-se publicado com a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.