Cena Prístina: campo existencial da investigação estética

Autores

  • Deise Abreu Pacheco

DOI:

https://doi.org/10.21814/diacritica.288

Palavras-chave:

Cena prístina, Criação textual, Estética existencial, Imediatidade e linguagem, Poética do silêncio, Søren Kierkegaard

Resumo

Este artigo propõe, por meio da apresentação de uma modalidade de criação textual nomeada cena prístina, uma abordagem teórico-prática de pesquisa no âmbito das artes performativas. Esta perspectiva está situada no contexto do pensamento do autor dinamarquês Søren Kierkegaard (1813–1855), tendo em vista o confronto filosófico entre entendimento conceitual e conhecimento experiencial, pensamento e existência. A noção intitulada cena prístina, compreendida como campo existencial da investigação estética, é interpelada a partir de três tópicos centrais: a escrita, a leitura e o dizer (Bajard 2005), práticas fundadas na contradição entre as instâncias da imediatidade e da linguagem.

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Publicado

20-11-2019

Como Citar

Pacheco, D. A. . (2019). Cena Prístina: campo existencial da investigação estética. Diacrítica, 33(1), 104–122. https://doi.org/10.21814/diacritica.288